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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tempo Verbal (Camila de Jesus)

Arrependimento. Ai se ele matasse.
Pelas coisas que falamos,
pelo olhares que tivemos,
pelas ligações que fizemos.

Arrependimento. Ai se ele matasse.
Por aquilo que ouvimos,
por aquilo que vemos,
pelos lugares que passamos.

Não. Sim. Talvez.
Não, não arrependo-me de tudo que já fiz até hoje.
Sim, poderia ter sido diferente.
Talvez... talvez tivesse SIM dado certo. Talvez NÃO.

Ousadia.
Sempre fui uma tímida assim, como diz Clarice, mas... sei lá, me entende.
A vida proporciona, a gente vai atras, a gente consegue, acredita, usufrui e desfruta da felicidade... ou não...
Viver um momento é a ilusão de querer que a vida seja sempre daquele mesmo jeito.
Conhecer. Ah ta... ai eu acordei!

Estou. Somente estou.
Queria. Com o verbo conjugado no imperfeito mesmo!
Queria estar diferente, mas não estou.
Para não amaldiçoar, vamos bendizer:
Bendito final de ano. Odeio ele. Falta muito pro dia 03 de janeiro?
Gostaria de deitar e dormir, dormir até lá, não ver as luzes, nem os lugares, nem as pessoas, nem as fotografias, nem nada.
Gostaria de não estar, não ser, não acreditar, não viver, não sentir, não nada.
Gostaria de não em tantas outras coisas. Prefiro acreditar que isso um dia passará.
Cheguei a acreditar que seria diferente, que veria diferente, que viveria diferente.
Conclui que existem coisas que não mudam. Não mesmo.
Diante de tantos significados, para os Nãos, os Sims e os Talvez, espero que um dia, seja claro, objetivo e de acordo com a realidade real e não a que é criada dentro das nossas (ou minha) cabeças.

Querer.
Poder.
Conseguir.

Conjugação realizada todos os dias na 1ª pessoa do singular no presente do Indicativo.
E não quero mais que tudo vá pro inferno, quero que fique no meu coração mesmo. Mas quero viver, sem ter a tal vergonha do ser feliz.
Eu amo. De um modo único, singular, particular.
Eu sou assim, assim, assim... Sim.

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