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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Aparentemente todos felizes (Camila de Jesus)

É.
Ultimo dia do ano.
Odeio essas datas... Desde que minha avó faleceu, parece que muita gente da minha família partiu junto. Foram embora os nossos encontros anuais, as rezas no presepio, os oficios que demoravam horas, mas que gostavamos, a hora das crianças, das mulheres, dos casados e dos solteiros, os amigos secretos, a contagem regressiva em coro, pra receber o novo ano que se iniciaria... Os homens reunidos em cima da laje da casa da vó, soltando fogos, caindo do muro... As crianças pulando corda, cantando, dançando "É o tchan!", O alarme sendo acionando, todos mundo comendo e bebendo. Aparentemente todos felizes. A noite passando, e aos poucos, bem aos poucos, a 1ª manhã do ano novo podendo ser vista claramente...
Excelentes lembranças nós temos. Tenho certeza de que as pessoas que passaram por isso sentem falta. Sentem falta dos momentos vividos, dos abraços apertados, das lagrimas nos olhos, dos ausentes...
E hoje? Onde estão todas essas pessoas que há muito passavam esse dia reunidos em alegria?
Estão felizes? Sozinhos ou juntos...? O que é felicidade em um dia como hoje? Quantas são as pessoas que estão hoje assim como eu?
E o que a gente tem feito pra propor felicidade aos outros? Quem são as pessoas que substituem essas que nos rodeavam ha tempos atras?
Quantas são as pessoas que gostariam da presença de UMA pessoa e quantas são pessoas que gostariam EXEPCIONALMENTE hoje, deitar, dormir e amanha acordar em um dia não mais que normal?
Não temos o direito de interromper a felicidade das pessoas e isolar-se da presença de alguém não significa que ela não tenha valor, não tenha sentimento, não tenha prioridade. Isolar-se da presença de alguém é fazer sentir falta de quem realmente tem tudo isso.
Até quando privaremos as pessoas de viverem a vida do jeito que elas acham que a vida deve ser vivida? E quem nos dá esse direito?
Até quando palpitaremos no que elas podem ou não fazer?
Até quando viveremos por aparencia?
Até quando diremos a nós mesmos que estamos felizes, quando por dentro, existe algo que nos remoi, remoi, remoi...?
Quem somos nós na vida de alguém para querermos privá-la do que elas sentem vontade em fazer?
Nós somos responsáveis por aquilo que cativamos. Isso é fato e não há como ser mudado.
A única coisa que podemos fazer é tomar cuidado com o que cativamos, em quem cativamos e de que modo, forma ou maneira cativamos.
O que temos por dentro tem algum valor? Os nossos sentimentos tem valor? Aquilo que queremos, sonhos, desejos, vontades... tem valor? Somos felizes do jeito que estamos e vivemos ou estamos sempre usando uma máscara para propor a felicidade de alguém e esquecer de nós.
Se um dia, alguém puder, por favor, remova as folhas da minha agenda, para que dias como esses não sejam vividos por mim. Todo esse clima, me faz mal. Gostaria hoje de reunir TODAS, (TODAS MESMO!) as pessoas que gosto, porém isso é impossível.

Feliz 2010 que logo se iniciará e logo também será esquecido, pois será um ano, como qualquer outro ano.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Amo, do sentir do verbo amar (Camila de Jesus)

Fico por horas e horas olhando, pensando e refletindo.
Será que tudo que vemos é na verdade o que devemos enxergar?
Será mesmo que precisamos agir?
Me pego no extremo do cansaço mesmo cansada, não canso de olhar.

Se pudesse e aguentasse, não dormiria.
Ficaria ali por horas, contemplando o pouco que tenho.
Uma foto que sendo minha, ninguém me tira e se me tirarem, restará a lembrança que posso omiti-la e ninguém saberá, pois vive em mim.
Com o tempo vamos percebendo, que somos muito mais do que imaginavamos que éramos.
Somos. Essa é a nossa única certeza.
Contemplar o algo que é possivel é a única certeza da felicidade que eu quero ter pra mim.
O bom de tudo isso é ter sido espontâneo.
Sei que faço bem...
E tenho medo.
E sei que é amor, porque quem ama, tem medo... não existe amor sem medo.
E sei que é amor, porque não tenho ciúme, pois sei que a felicidade dele, está ao meu lado.
É nessa certeza que vivo.
E sou feliz assim!
Amo e amo e amo a cada dia mais, mais, mais e mais intensamente.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

É o jeito (Camila de Jesus)

O jeito de andar,
de chegar,
de falar,
de perguntar.
O jeito de pedir licença,
de ir e vir,
de dar tchau.
O jeito de acordar,
de ir atras do que lhe é interessante.
O jeito de ser si mesmo.
O jeito de estudar,
de caminhar,
de mudar
de se vestir,
de jogar o cabelo,
de lavar a louça.
O jeito de olhar
de abraçar,
de ouvir.
O jeito de dar risada,
de ser feliz,
de ouvir música.
O jeito de ser observado.
O jeito de tocar... de pensar.
O jeito.
São esses e tantos outros jeitos que faz com que nos apaixonemos pelas pessoas.
Esse sentimento surge, talvez, a 1ª vista, a 1ª esquina, a 1ª palavra, ao 1º olhar, mas com o tempo é elencado com os jeitos que temos.
O que nos agrada nos outros é o jeito. O jeito de ser de cada si.
Temos muitos jeitos e que podem fazer as pessoas se apaixonarem por nós... SOMOS RESPONSÁVEIS (também) POR AQUILO QUE NÃO QUEREMOS.
Não sei se ultimamente as pessoas estão mais humanas, mas tenho-as percebido assim... humanas no sentido de usar de muitas atitudes dos outros para tentar entender a si mesmo.
Já dizia o Pequeno Príncipe: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", mas será que sabemos o que temos cativado e porque cativamos?
Que JEITO tivemos nós para cativar alguém e fazer com que elas se apaixonassem por nós?
Que JEITO temos que fez com que passassemos a ser fator crucial na vida de alguém?
Que JEITO somos para sermos o mundo para alguém?
De que JEITO somos responsáveis para continuar a cativar quem nos ama?
Estamos permitindo que as pessoas se deixem cativar em nós?
Estamos buscando saber de que JEITO ela pode ser para que também a deixemos ser responsável por parte de nó?
O jeito.
O jeito nos faz apaixonar.
E é o jeito que nos faz continuar apaixonados
Esse elencados, essa lista, essa série de jeitos só nos permite saber que realmente estamos apaixonados quando o tempo permite que nós permitamos que ele faça a parte dele.
Do jeito que vivemos só poderemos dizer que somos apaixonados depois de tempos (idas, vindas, esquinas, voltas, lugares, pessoas, experiências...)
Quando idealizamos alguém, sofremos.
Quando amamos, surpreendemos, com aquilo que temos para despertar esse amor: O JEITO.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Quem somos? (Camila de Jesus)

Quem somos?
De onde viemos?
Para onde vamos?
O que nos reserva a vida?

Somos tão incapazes, tão inseguros de nós, mesmo quando estamos seguros daquilo que temos e somos.
Somos fortes, até o momento que percebemos que não precisamos da ajuda de ninguém.
Nos tornamos fracos, quando percebemos que tudo o que temos, significa que nada temos.
A nossa alegria, não é nossa.
A nossa felicidade, não é nossa.
Nós, não somos nossos.
Somos a quem nos pertence, a quem está por nos orientar e nos mover como marionetes.
Somos perfeitamente... incapazes... de ser o que somos e de permanecer, PARA SEMPRE, do jeito que somos.
E quando na verdade não suportamos mais, tudo aquilo que o mundo está a nos oferecer, morremos. E morremos porque ja cumprimos aqui neste lugar o que Deus tinha nos reservado.
Morremos do jeito que viemos. Em paz, seguros de nós e na certeza de que a nossa meta foi cumprida, foi realizada, foi executada do jeito que era para ser feita.
Quem somos nós quando temos tudo nas nossas mãos e ao mesmo tempo podemos não ter nada.
De que vale os nossos planos, se no instante em que estamos a executá-los, podemos deixar de fazê-los simplesmente se tivermos a ausencia de um simbolo da tabela periodica....
"Não somos nada.
Nunca seremos nada.
Mas a parte isso temos em nós todos os sonhos do mundo."

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Poesia do eu (Camila de Jesus)

Sou egoista e muito egoista!!!
Quero sempre as coisas do meu jeito.
Até que ponto isso é bom? Até quando a gente tem que se reprimir para se fazer feliz ou fazer os outros felizes?
Queria muito escrever... não no dia de hoje, mas queria escrever... Não consegui esperar até amanha...
Existe algo em mim que me suga, me comove, me aprisiona de mim mesma a ponto de que eu nao consiga me segurar em mim mesma para expressar o que sinto.
Preciso dizer o quanto estou feliz... e simultaneamente o quanto estou triste: Feliz pelos outros, triste comigo. Feliz por que os outros estão felizes nesse momento.
Quero me retratar assim:

Estou a ponto de pedra
Que é irremovível do seu lugar
Estou a ponto de quebra
Que não poderá se juntar

Quero um amor amigo
Um amor irmão
Um amor abrigo
Um amor, se não...

Estava assim
assado,
comprimida,
sem mim,
sem ti,
talvez fosse isso
que me fizerá ser
quem havia sido.

E hoje sou o que sou
O que não era
E o que já fui.
Sou o que sou
O que fui
Ao que me adaptei.
Sou quem quero ser
Sem ter,
Sem sofrer,
Sem amar,
Sem desejar,
Sem colocar porquês e o quês.

Sou o meu eu.
Eu sou eu.

Sou aquilo que tenho
Aqueles que tenho.
Aquilos que posso.
Sou.
Sou eu.
Irredutivel,
Irreprimivel,
Incompreendivel.
Amada,
Querida,
Sofrida,
Abatida,
Amiga,
Sou eu.
Eu sou.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Quem? (Camila de Jesus)

E eis que somos aquilo que nos tornamos, porque vivemos coisas, passamos por momentos e conhecemos pessoas, que nos completam, nos fazem crescer e faz com que percebamos que somos aquilo que nos tornamos a cada momento.
Somos o que vivemos, o que queremos ser e aquilo que temos o prazer de proporcionar a nós mesmos.
Vivemos assim, pois queremos viver assim. As nossas escolhas dizem quem somos nos momentos em que estamos vivendo tais escolhas.
Quem sou eu agora?
Quem é você agora?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

É preciso (Camila de Jesus)

É preciso crer que tudo é possivel, se crermos.
É preciso que acreditemos.
É preciso que nos esforcemos.
É preciso que nos decidadamos por nós.
É preciso.
É preciso acreditar que nada na vida é impossível. Deus está ao nosso lado e nos faz capaz de sermos o que não erámos. Somos moldados na mão de Deus e assim caminhamos para que Ele opere a sua vontade sobre nós.
É preciso que nos esforcemos pelos nossos desejos, nossas vontades, pelas nossa comemorações, nossos amigos, nossas fraquezas.
É preciso que nos alegremos com aquilo que conquistamos, que não conseguimos, que vivemos, que nos arrependemos.
É preciso que façamos de nós o que na realidade somos.
É preciso que nos esforcemos para nos entender, antes de querer entender os outros.
É preciso que nos sintamos bem, por mais simples que sejam as coisas que estão nos circundando.
É preciso.
É preciso crer.
Crer que a mudança é possível.
Crer que tudo pode mudar.
Crer que a realidade existe.
Crer.
É preciso crer,
Não importa no quê.
É preciso.
É preciso simplesmente crer.