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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Aparentemente todos felizes (Camila de Jesus)

É.
Ultimo dia do ano.
Odeio essas datas... Desde que minha avó faleceu, parece que muita gente da minha família partiu junto. Foram embora os nossos encontros anuais, as rezas no presepio, os oficios que demoravam horas, mas que gostavamos, a hora das crianças, das mulheres, dos casados e dos solteiros, os amigos secretos, a contagem regressiva em coro, pra receber o novo ano que se iniciaria... Os homens reunidos em cima da laje da casa da vó, soltando fogos, caindo do muro... As crianças pulando corda, cantando, dançando "É o tchan!", O alarme sendo acionando, todos mundo comendo e bebendo. Aparentemente todos felizes. A noite passando, e aos poucos, bem aos poucos, a 1ª manhã do ano novo podendo ser vista claramente...
Excelentes lembranças nós temos. Tenho certeza de que as pessoas que passaram por isso sentem falta. Sentem falta dos momentos vividos, dos abraços apertados, das lagrimas nos olhos, dos ausentes...
E hoje? Onde estão todas essas pessoas que há muito passavam esse dia reunidos em alegria?
Estão felizes? Sozinhos ou juntos...? O que é felicidade em um dia como hoje? Quantas são as pessoas que estão hoje assim como eu?
E o que a gente tem feito pra propor felicidade aos outros? Quem são as pessoas que substituem essas que nos rodeavam ha tempos atras?
Quantas são as pessoas que gostariam da presença de UMA pessoa e quantas são pessoas que gostariam EXEPCIONALMENTE hoje, deitar, dormir e amanha acordar em um dia não mais que normal?
Não temos o direito de interromper a felicidade das pessoas e isolar-se da presença de alguém não significa que ela não tenha valor, não tenha sentimento, não tenha prioridade. Isolar-se da presença de alguém é fazer sentir falta de quem realmente tem tudo isso.
Até quando privaremos as pessoas de viverem a vida do jeito que elas acham que a vida deve ser vivida? E quem nos dá esse direito?
Até quando palpitaremos no que elas podem ou não fazer?
Até quando viveremos por aparencia?
Até quando diremos a nós mesmos que estamos felizes, quando por dentro, existe algo que nos remoi, remoi, remoi...?
Quem somos nós na vida de alguém para querermos privá-la do que elas sentem vontade em fazer?
Nós somos responsáveis por aquilo que cativamos. Isso é fato e não há como ser mudado.
A única coisa que podemos fazer é tomar cuidado com o que cativamos, em quem cativamos e de que modo, forma ou maneira cativamos.
O que temos por dentro tem algum valor? Os nossos sentimentos tem valor? Aquilo que queremos, sonhos, desejos, vontades... tem valor? Somos felizes do jeito que estamos e vivemos ou estamos sempre usando uma máscara para propor a felicidade de alguém e esquecer de nós.
Se um dia, alguém puder, por favor, remova as folhas da minha agenda, para que dias como esses não sejam vividos por mim. Todo esse clima, me faz mal. Gostaria hoje de reunir TODAS, (TODAS MESMO!) as pessoas que gosto, porém isso é impossível.

Feliz 2010 que logo se iniciará e logo também será esquecido, pois será um ano, como qualquer outro ano.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Amo, do sentir do verbo amar (Camila de Jesus)

Fico por horas e horas olhando, pensando e refletindo.
Será que tudo que vemos é na verdade o que devemos enxergar?
Será mesmo que precisamos agir?
Me pego no extremo do cansaço mesmo cansada, não canso de olhar.

Se pudesse e aguentasse, não dormiria.
Ficaria ali por horas, contemplando o pouco que tenho.
Uma foto que sendo minha, ninguém me tira e se me tirarem, restará a lembrança que posso omiti-la e ninguém saberá, pois vive em mim.
Com o tempo vamos percebendo, que somos muito mais do que imaginavamos que éramos.
Somos. Essa é a nossa única certeza.
Contemplar o algo que é possivel é a única certeza da felicidade que eu quero ter pra mim.
O bom de tudo isso é ter sido espontâneo.
Sei que faço bem...
E tenho medo.
E sei que é amor, porque quem ama, tem medo... não existe amor sem medo.
E sei que é amor, porque não tenho ciúme, pois sei que a felicidade dele, está ao meu lado.
É nessa certeza que vivo.
E sou feliz assim!
Amo e amo e amo a cada dia mais, mais, mais e mais intensamente.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

É o jeito (Camila de Jesus)

O jeito de andar,
de chegar,
de falar,
de perguntar.
O jeito de pedir licença,
de ir e vir,
de dar tchau.
O jeito de acordar,
de ir atras do que lhe é interessante.
O jeito de ser si mesmo.
O jeito de estudar,
de caminhar,
de mudar
de se vestir,
de jogar o cabelo,
de lavar a louça.
O jeito de olhar
de abraçar,
de ouvir.
O jeito de dar risada,
de ser feliz,
de ouvir música.
O jeito de ser observado.
O jeito de tocar... de pensar.
O jeito.
São esses e tantos outros jeitos que faz com que nos apaixonemos pelas pessoas.
Esse sentimento surge, talvez, a 1ª vista, a 1ª esquina, a 1ª palavra, ao 1º olhar, mas com o tempo é elencado com os jeitos que temos.
O que nos agrada nos outros é o jeito. O jeito de ser de cada si.
Temos muitos jeitos e que podem fazer as pessoas se apaixonarem por nós... SOMOS RESPONSÁVEIS (também) POR AQUILO QUE NÃO QUEREMOS.
Não sei se ultimamente as pessoas estão mais humanas, mas tenho-as percebido assim... humanas no sentido de usar de muitas atitudes dos outros para tentar entender a si mesmo.
Já dizia o Pequeno Príncipe: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", mas será que sabemos o que temos cativado e porque cativamos?
Que JEITO tivemos nós para cativar alguém e fazer com que elas se apaixonassem por nós?
Que JEITO temos que fez com que passassemos a ser fator crucial na vida de alguém?
Que JEITO somos para sermos o mundo para alguém?
De que JEITO somos responsáveis para continuar a cativar quem nos ama?
Estamos permitindo que as pessoas se deixem cativar em nós?
Estamos buscando saber de que JEITO ela pode ser para que também a deixemos ser responsável por parte de nó?
O jeito.
O jeito nos faz apaixonar.
E é o jeito que nos faz continuar apaixonados
Esse elencados, essa lista, essa série de jeitos só nos permite saber que realmente estamos apaixonados quando o tempo permite que nós permitamos que ele faça a parte dele.
Do jeito que vivemos só poderemos dizer que somos apaixonados depois de tempos (idas, vindas, esquinas, voltas, lugares, pessoas, experiências...)
Quando idealizamos alguém, sofremos.
Quando amamos, surpreendemos, com aquilo que temos para despertar esse amor: O JEITO.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Quem somos? (Camila de Jesus)

Quem somos?
De onde viemos?
Para onde vamos?
O que nos reserva a vida?

Somos tão incapazes, tão inseguros de nós, mesmo quando estamos seguros daquilo que temos e somos.
Somos fortes, até o momento que percebemos que não precisamos da ajuda de ninguém.
Nos tornamos fracos, quando percebemos que tudo o que temos, significa que nada temos.
A nossa alegria, não é nossa.
A nossa felicidade, não é nossa.
Nós, não somos nossos.
Somos a quem nos pertence, a quem está por nos orientar e nos mover como marionetes.
Somos perfeitamente... incapazes... de ser o que somos e de permanecer, PARA SEMPRE, do jeito que somos.
E quando na verdade não suportamos mais, tudo aquilo que o mundo está a nos oferecer, morremos. E morremos porque ja cumprimos aqui neste lugar o que Deus tinha nos reservado.
Morremos do jeito que viemos. Em paz, seguros de nós e na certeza de que a nossa meta foi cumprida, foi realizada, foi executada do jeito que era para ser feita.
Quem somos nós quando temos tudo nas nossas mãos e ao mesmo tempo podemos não ter nada.
De que vale os nossos planos, se no instante em que estamos a executá-los, podemos deixar de fazê-los simplesmente se tivermos a ausencia de um simbolo da tabela periodica....
"Não somos nada.
Nunca seremos nada.
Mas a parte isso temos em nós todos os sonhos do mundo."

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Poesia do eu (Camila de Jesus)

Sou egoista e muito egoista!!!
Quero sempre as coisas do meu jeito.
Até que ponto isso é bom? Até quando a gente tem que se reprimir para se fazer feliz ou fazer os outros felizes?
Queria muito escrever... não no dia de hoje, mas queria escrever... Não consegui esperar até amanha...
Existe algo em mim que me suga, me comove, me aprisiona de mim mesma a ponto de que eu nao consiga me segurar em mim mesma para expressar o que sinto.
Preciso dizer o quanto estou feliz... e simultaneamente o quanto estou triste: Feliz pelos outros, triste comigo. Feliz por que os outros estão felizes nesse momento.
Quero me retratar assim:

Estou a ponto de pedra
Que é irremovível do seu lugar
Estou a ponto de quebra
Que não poderá se juntar

Quero um amor amigo
Um amor irmão
Um amor abrigo
Um amor, se não...

Estava assim
assado,
comprimida,
sem mim,
sem ti,
talvez fosse isso
que me fizerá ser
quem havia sido.

E hoje sou o que sou
O que não era
E o que já fui.
Sou o que sou
O que fui
Ao que me adaptei.
Sou quem quero ser
Sem ter,
Sem sofrer,
Sem amar,
Sem desejar,
Sem colocar porquês e o quês.

Sou o meu eu.
Eu sou eu.

Sou aquilo que tenho
Aqueles que tenho.
Aquilos que posso.
Sou.
Sou eu.
Irredutivel,
Irreprimivel,
Incompreendivel.
Amada,
Querida,
Sofrida,
Abatida,
Amiga,
Sou eu.
Eu sou.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Quem? (Camila de Jesus)

E eis que somos aquilo que nos tornamos, porque vivemos coisas, passamos por momentos e conhecemos pessoas, que nos completam, nos fazem crescer e faz com que percebamos que somos aquilo que nos tornamos a cada momento.
Somos o que vivemos, o que queremos ser e aquilo que temos o prazer de proporcionar a nós mesmos.
Vivemos assim, pois queremos viver assim. As nossas escolhas dizem quem somos nos momentos em que estamos vivendo tais escolhas.
Quem sou eu agora?
Quem é você agora?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

É preciso (Camila de Jesus)

É preciso crer que tudo é possivel, se crermos.
É preciso que acreditemos.
É preciso que nos esforcemos.
É preciso que nos decidadamos por nós.
É preciso.
É preciso acreditar que nada na vida é impossível. Deus está ao nosso lado e nos faz capaz de sermos o que não erámos. Somos moldados na mão de Deus e assim caminhamos para que Ele opere a sua vontade sobre nós.
É preciso que nos esforcemos pelos nossos desejos, nossas vontades, pelas nossa comemorações, nossos amigos, nossas fraquezas.
É preciso que nos alegremos com aquilo que conquistamos, que não conseguimos, que vivemos, que nos arrependemos.
É preciso que façamos de nós o que na realidade somos.
É preciso que nos esforcemos para nos entender, antes de querer entender os outros.
É preciso que nos sintamos bem, por mais simples que sejam as coisas que estão nos circundando.
É preciso.
É preciso crer.
Crer que a mudança é possível.
Crer que tudo pode mudar.
Crer que a realidade existe.
Crer.
É preciso crer,
Não importa no quê.
É preciso.
É preciso simplesmente crer.

domingo, 29 de novembro de 2009

Solução de Problemas (Camila de Jesus)

Sou uma pessoa consciente de mim. Percebi isso.
Sou confusa, claro!!!! Sou uma pessoa!!! Mas sou consciente.
Estive pensando sobre problemas.
Temos tantos e sei que não sou só eu. Por este motivo não podemos querer nos responsabilizar pelo problemas das outras pessoas. Acredito que participar para ajudar e propor uma solução é viavel, pois é pra isso que somos amigos, no entanto não podemos fazer com que o problema do outro passe a ser um problema a ser resolvido por nós. "EMA, EMA, EMA: CADA UM COM SEUS PROBLEMAS!!!", somente precisamos ser solidarios.
E quando o problema, aparentemente, na vida do outro somos nós? Ou então, quando a gente acha que somos o problema? Relacionar-se é realmente muito dificil, mas assim como qualquer outra coisa na vida, temos parte, cada um com seu pedacinho, com sua parcela de "culpa" não está livre e isento de nada. Precisamos portanto, resolver a nossa parte. A gente tem que se fazer entender, se assim o fizer, a parte do problema que restar, não é nossa, mas do outro e ai já não somos nós que devemos querer resolver, mas o outro.
Acredito (fielmente) que na vida nada é por acaso e as coisas somente acontecem porque devem acontecer.
Ontem, voltei a ouvir uma música que há muito vem fazendo parte da minha vida, interpretada pela belissima Maria Rita ela tem a seguinte letra.
"...Porque é que tem que ser assim
Ninguém jamais pôde mudar
Recebe menos quem mais tem pra dar
E agora queira dar licença, que eu já vou
Deixa assim, por favor
Não ligue se acaso o meu pranto rolar, tudo bem
Me deseje só felicidade, vamos manter a amizade
Mas não me queira só por pena
Nem me crie mais problemas..."
Nós só conseguimos aquilo que realmente nos interessa.
O que é importante pra mim????
E pra você?
Vamos solucionar os nossos problemas!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Nossos ouvidos primeiro (Camila de Jesus)


Quando a gente fala ou escreve ou de alguma forma expressamos a nossa opinião, falamos em primeiro lugar a nós mesmos, somos o primeiro a ouvir, a ler, a entender.
Será que fazemos uso disso? Será que quando falamos estamos preocupados com o que estamos dizendo a nós mesmos em 1º lugar, ou simplesmente em jogar a responsabilidade pros outros?

Vi uma frase um dia e que me chamou a atenção, quero terminar essa postagem com ela:
"Quem não sabe o que procura, não entende o que encontra"

A todos nós, a mim em 1º lugar.
Boa vivencia de vida!

Reflexo (Camila de Jesus)

Por que será que as pessoas não acreditam que a gente acredita naquilo que elas nos dizem?
Por que será que o nosso sentimento nunca é entendido e qualquer brincadeira soa como a mais pura verdade?
Por que será que as pessoas não acreditam nelas mesmas e ficam se martirizando quando algo não é do seu agrado?
Por que será que as pessoas não acreditam que a gente acredita no sentimento delas por nós?
Por que será?????
Precisamos acreditar em nós mesmos e saber que as nossas palavras têm o poder de transformar, de unir, de acalentar, de fazer bem, mas também tem o poder de fazer tudo ao contrario.
Da mesma forma que podemos fazer uma pessoa transformar-se e se tornar melhor, podemos fazer com que ela se torne a pior.
Antes de tomar cuidado com as outras pessoas temos que tomar cuidado conosco mesmo, o que vemos no outro é a nossa imagem refletida.
"O mundo é como um espelho que devolve a cada um a capacidade de seus próprios pensamentos. A maneira como você encara a vida é que faz toda a diferença."

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Menos Feliz (Camila de Jesus)

Meu dia com certeza foi menos feliz hoje.
Menos feliz porque não te tive;
Menos feliz porque te magooei;
Menos feliz porque tentei... você não deu sinal de vida;
Menos feliz por ter sido quem não sou;
Menos feliz por não ter presenciado a sua presença;
Menos feliz por ter tido um dia comum;
Menos feliz por não ter tido inspiração;
Menos feliz por não ter coragem de ligar;
Menos feliz por não ter ligado;
Menos feliz por ter pensado em muita coisa e não ter realizado nada;
Menos feliz...
Acho que já não me importo tanto. Quantos tantos anos já passei o dia menos feliz com a ausencia da sua presença e nem por isso deixei de ser feliz de outro jeito?!!!
As pessoas não são substítuiveis, mas são entendidas.
Mas também, meu dia foi mais feliz, pois acredito que errando a gente aprende.
Aprende a crescer,
a ser;
a entender;
a perceber;
a ficar sozinha;
a solidão existe, é fato. Tenho que me conformar com ela. Eu sou sozinha, sempre fui e talvez tudo isso seja um indicio de que eu sempre serei.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Tentando e nao desistindo (Camila de Jesus)

Não tenho duvida alguma de que somos mais felizes quando temos alguém do nosso lado.
Não tenho duvida alguma de que as pessoas não escondem o que sentem quando realmente sentem algo por alguém.
Quando um sentimento existe ninguém consegue supri-lo ao ponto de que ninguém perceba o que é sentido. A gente só tem que tomar cuidado para nao expressar aquilo que não queremos demonstrar.
A nossa vida é feita de pura escolha. A gente escolhe o que queremos e temos que arcar com as consequencias dessa escolha para o resto da vida.
Temos atitudes que são infelizes e temos que arcar com as consequencias dessas atitudes também, pelo resto da vida.
Em contra partida, ninguém manda no coração e nem tem o poder de escolher qual é o sentimento que terá por cada pessoa em particular e na sua singularidade. Somos pessoas, apenas pessoas, vivemos com pessoas. Temos entao, que nos acostumar com tudo isso.
Não podemos esperar nada de ninguém: Somos pessoas.
Acredito sim que machucamos muito as pessoas, as vezes não com muitas atitudes, mas só com uma palavra, uma expressão, um sarcasmo, uma ironia. Mas somos humanos, erramos e somos detentores desse direito.
As pessoas precisam entender que assim como ela, você também tem problemas, tem família, tem outras relações e que tudo isso caminha lado a lado com a relação que se tem com ela mesma!
Todo mundo está sujeito a tudo e comigo não é diferente.
Sou uma pessoa.
Preciso ser respeitada como tal.
Perciso ter respeitado os outros como tal.
E se não tiver feito, tenho que arcar com as consequencias.
Acho que é isso que está acontecendo.
Sendo assim, suportarei.

Tempestade (Camila de Jesus)

Uma tempestade de pensamentos, de questionamentos, de desejos, de mudança.
Uma tempestade de porquês, de explicações e complicações.
Uma tempestade felicidade, de alegria, de satisfação e insatisfação também.
Uma tempestade ??????, de deixar no ar o que poderia ser dito em segundos...
TEMPESTADE!
Estou cansada dessa vida de conviver com o pouco e não conseguir ir além do que já tenho.
Tenho tanto e continuo tendo pouco. Um pouco que não sei se é pouco ou se é suficiente para aquilo que sou.
Estou cansada de esperar com que a promessa passe pelo teste do tempo.
Estou cansada de ver todo mundo subir nos galhos e eu continuar apenas no caule da árvore.
Estou cansada de questionar, mas já nao consigo mais parar.
Ás vezes desejo ser um outro alguém, construir um outro eu, deixar de viver em mim, ter coragem e coração para aguentar.
Ás vezes procuro sumir, mesmo estando no mesmo lugar.
Ás vezes procuro viver o medo comigo mesma, deixar que ele faça parte da minha vida e fingir que nada está acontecendo, quando na verdade tudo poderia estar acontecendo se não fosse o medo que eu tenho.
Não sei o que me espera daqui a 1 minuto, quem dirá ao final da vida. Sei que tudo o que sei parece as vezes significar que nada sei.
Sei o que sinto, o que quero e sei ainda mais que o medo de descobrir a verdade e a coragem para suportá-la me tomam incansadamente, fazendo de mim o que eu estou me tornando.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Com o tempo (Camila de Jesus)


Com o tempo a gente passa do lado bom para o lado ruim;
Com o tempo a gente percebe qual é a importancia de cada um;
Com o tempo a gente percebe que tudo o que tem que ser, um dia será;
Com o tempo a gente percebe que a felicidade só é de quem realmente busca;
Com o tempo a gente percebe que estar rodeado de gente, não significa estar feliz;
Com o tempo a gente percebe que a solidão, as vezes é necessária;
Com o tempo a gente percebe que ter amigo é tão bom quanto estar sozinho;
Com o tempo a gente percebe que fugir do problema, não é solução, mas é parte dela;
Com o tempo a gente percebe que para valorizar o outro, deve-se primeiro valorizar a si mesmo;
Com o tempo a gente percebe que por pior que tenha sido uma relação, ela nos fez crescer;
Com o tempo a gente percebe que tudo o que somos, não somos. Somos transformados;
Com o tempo a gente percebe que cada um tem um valor diferente e que não são os nossos;
Com o tempo a gente percebe que os opostos de atraem;
Com o tempo a gente percebe que ter dinheiro não significa nada, se não se tem felicidade;
Com o tempo a gente percebe que quando não se tem coragem, temos que ir sem coragem mesmo;
Com o tempo a gente percebe que as pessoas, são somente pessoas, assim como nós somos pessoas;
Com o tempo a gente percebe que tudo o que temos é um sinal que podemos não ter nada;
Com o tempo a gente percebe que somos viaveis a uns e inviaveis a outros;
Com o tempo a gente percebe que precisamos sumir, e do nada, reaparecer;
Com o tempo a gente percebe que um SIM, muda a nossa vida. E um NÃO também;
Com o tempo a gente percebe que o tempo que vivemos é pouco para aprendermos tudo;
Com o tempo a gente percebe que o tempo é o tempo que a gente tem pra perceber.

domingo, 22 de novembro de 2009

Manipulação (Camila de Jesus)

Coisas me fizeram parar pra pensar.
Somos manipulados ou manipuladores?
As nossas relações interpessoais nos fazem crescer, isso é fato. Mas, também nos fazem mal... ao mesmo tempo e sem intençao, mas nos fazem mal.
Fiquei triste comigo mesma, pois me peguei "maltratando" alguém que eu jamais imaginei que iria maltratar. Me peguei fazendo com a pessoa o que jamais gostei que fizessem comigo e que jamais adimiti que fizessem com quem amo.
Me peguei sendo manipulada e deixando com que um outro ser se instaurasse momentaneamente em mim e atingisse a pessoa que amo... Fui manipulada e talvez eu mesma pague essa manipulação que não pedi, não neguei e infelizmente deixei com que ela acontecesse...
No entanto, essa manipulação somente aconteceu porque eu permiti e permiti porque uma vez eu também manipulei antes de ser manipulada.
Estou triste sim, por mais que não demonstre.
Estou triste com a sua tristeza, com o seu olhar murcho, caído, sem vida...
Estou triste porque sei que você está chateado....e o pior de tudo é saber que estas chateado com algo que eu fiz....
(♫♪ mas voce me conhece eu faço tudo errado... tudo errado...♫♪)
Estou triste.
Além de estar triste posso dizer que estou chateada e chateada comigo mesma.
Sei que te devo muito, não financeiramente, mas contextualmente, interiormente, presencialmente.
Estou chateada comigo.
Afinal, para sermos manipulados, fomos nós antes manipuladores de nós mesmos?
As vezes eu queria ser um avestruz!
Perdoe-me!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Barulho (Camila de Jesus)


Barulho, barulho, barulho. Quanto barulho!!!
Será que é o final do ano que anda me deixando assim?
Sinto algo em mim que clama pelo silêncio e ao mesmo tempo algo que clama pelo barulho, pela agitação, pela presença das pessoas. Existe algo dentro de mim que insiste na desistência e algo muito maior que insiste na insistência.
Tenho vontade de sair por aí e me esquecer de tudo o que tenho, tudo o que sou, tudo o que quero pra mim e aos outros. Tenho vontade de largar tudo e começar vida nova em outro lugar. As vezes tenho a impressão de que pensar é muito ruim, você começa a perceber que muitas coisas poderiam ser melhor se você ajudasse as pessoas..., mas quem permite isso???
Tenho vontade de estar só... de crescer sozinha e não depender de ninguém alem de mim mesma, mas preciso dos outros a quem dou valor e que na verdade não merece nem sequer um...
Como conseguimos demonstrar para as pessoas que o valor que dizemos que ela tem, realmente é um valor? Como fazemos para que sejamos reconhecidos pelo que temos oferecido? O que ando fazendo comigo mesma?
Percebi que para fugir de mim, busco o barulho, esse barulho que não permite que eu pense, que eu aja, que eu me valorize. Esse barulho que me aproxima das pessoas, mas faz com que seja tudo superficial, pois o que cada um tem de valor para si, pode não ser pra mim.
Quero um barulho que me console, que me faça compreender, que me tenha como importante, como pessoa. Quero um barulho... um barulho que me permita ser feliz do jeito que mereço.

Barulho,
Bagulho,
No muro.
No fundo,
Murmuro,
Perduro.
Vivendo,
Aprendo,
Crescendo.
Acredito,
Confio,
Desvio,
Choro,
Pioro,
E a cada dia melhoro.

E qual é a intenção de Deus (Camila de Jesus)

Estamos no meio de um blecaute. Somos tão impotentes, tão..... tão.... O que temos a fazer sem a tal da energia eletrica? Somos tão pequenos, tão incapazes que não conseguimo nem sequer saber o que nos espera para daqui um minuto. Fazemos planosm realizamos coisas e temos esperança, talvez seja isso que nos leve a ser quem somos e do jeito que somos. Criaturas simples e totalmente dependentes de alguém muito maior.
Imagine se vivermos assim pra sempre? Quantos de nós não seremos prejudicados? Banho frio, cartões, telefones sem fio, celulares, rádios, a noite não seria mais a mesma e teriamos que aprender a viver de outra maneira, progamas de televisão, computadores, liquidificador, geladeira...
Há quem diga que é livre e há quem diga que a liberdade não existe. Afinal, somos livres? Dependemos de alguém? O que podemos fazer para ser o que podemos ser? A quem recorremos?

Detalhes que fazem a diferença (Camila de Jesus)

Diferença de ser, de agir, de compreender, de olhar de outro ponto de vista, de tentar entender valores e questionamentos.
Quantas vezes paramos para refletir quem somos e se somos o que somos quem nos proporcionou isso?
Ja dizia Fernando Pessoa: " O que podia fazer de mim, não o fiz", e porque não o fiz? Porque não quis? Não soube?
Não me limitei, me questionei demais ou me dei muitas respostas para as perguntas que não ousei se quer pronunciar a mim mesma? "O dominó que vesti, era errado..." A inversão de valores tornou-se algo natural, simples, comum e sem valor! Ninguém dá valor, aquil que é valor. Valor a ser vivido, pensado e não somente questionado.
Qual é o valor do valor? Inestimável.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Responsabilidade de ser você (Camila de Jesus)

Ter responsabilidade é bom mesmo? O que a gente carrega dessa responsabilidade que adquirimos?
Será mesmo que nas nossas escolhas temos certeza do quão grande ela é? Será que temos a dimensão do que um simples deslize pode provocar?
Historias nos ensinam, tem um contexto e um histórico que faz com que cresçamos com as nossas atitudes, pensamentos... ESCOLHAS. Essas que nos acompanham por toda a vida... e a gente não tem essa dimensão na hora de fazê-la.
Voltar a vida e viver a realidade é algo desesperador... A vida bem podia ser uma ilusão para nao termos que sair da zona de perfeição que a gente cria para nós mesmos e depois temos o dever de sair.
Chorar é atitude plausivel para que as pessoas expressem aquilo que sentem? São entendidas apenas por um olhar? Pelo contexto? Pelo histórico? Pela situação? Pela época? Pelo momento?
Situações, momentos; lugares... coisas que sempre nos farão crescer... Ampliar a visão de mundo, usar do seu erro, da sua vida, da sua experiencia para crescer... e ensinar aso outros, crescerem também? Proporcionamos isso as pessoas? Compartilhamos isso com elas?
Somos egoistas ou queremos educar para ajudar os outros? Sou correta? Utilizo do meu cnhecimento para proporcionar felicidade aos outros? Estou-a ajudando só para mim ou estou a compartilha-la com os outros?

Coisas que passam (Camila de Jesus)

Tinha me esquecido de algumas coisas... Coisas das quais eu adorava fazer e ha muito não fazia. Coisas que me fazem bem e felizmente ou não, tinha esquecido o quão bem me faz...
Tive o prazer esses dias, de dançar forró de novo. O tig-lig-ting do triangulo, realmente me move, me tira do chão, me faz soar a cabeça, o corpo, a alma...
Percebi que dizer "isso nunca vai mudar" é algo comum. As coisas não mudam... elas só passam ou ficam ausentes por algum tempo. Não há quem explique, não há quem entenda. As coisas simplesmente passam.
Passam com a presença presente diária. Passa com a voz, passa com o calor do corpo.
As coisas passam e passam porque precisam passar, passam e a gente se dá conta de que foi bom passar por aquela passagem. Gerou aprendizado.
As coisas passam num momento que não sabemos que está passando. Neste momento, algo passa, algo acontece, algo renasce. Algo passa da vida pra morte, do ódio para o amor, da convivencia para a confiança, da amizade para o amor... e vice-versa.
Tudo passa... até Uva-passa.

Liberdade (Camila de Jesus)

♫♪ Difícil não lembrar do que que nunca se esqueceu ♫♪
Será que as pessoas agem realmente confrome manda-lhe o coração? Será que a gente consegue respeita o nosso próprio sentimento. Será que somos fiéis a nós mesmos?
Ser livre para amar, para ser, para sentir. Livre para desfrutar de momentos e tirar deles coisas que fazem bem. Livre... liberdade. Quando será que seremos contemplados com essa liberdade? Ninguém é livre. Estamos a todo momento presos, com a família que proibe isso ou aquilo, com o namorado que priva de saídas, baladas, olhares, com os amigos que nos privam o tempo de partilha com outros amigos.
Liberdade. Quero uma liberdade livre, livre como vento... Amar é ser livre ou ter liberdade é amar?
Quanto mais livres somos, mais presos estamos. As tecnologias, a educação, a sociedade, as pessoas que nos dão a liberdade e nos fazem escravos daquilo que conquistamos.

E quando...? (Camila de Jesus)

Escrevi uma vez que amizade é abrir mão de vez em quando. Mas... e quando as pessoas não abrem mão por você? E quando você é o unico flexivel? E quando você é o unico que se propoe a passar a noite acordado, a perder um dia de aula, a estourar o cartão de credito? Onde fica toda a consideração de amizade que tanto dizem ter por você?
Relacionar-se amigavelmente, é tão serio quanto assumir um namoro. A amizade nos leva a lugares onde jamais poderiamos ir sozinhos... Os amigos não são tapa-buracos, ponto de escape, acostamento... são pessoas que tivemos a portunidade de escolher entre tantas para desfrutar da nossa vida e de momentos importantes dela...
Depois de tanto tempo, posso dizer que ainda ando triste com as minhas relações.
Alguém foi errado, isso é fato, mas até onde vai o nosso orgulho? Vale a pena perder uma amizade por não querer dar o braço a torcer?
Ouvi agora a pouco que as nossas escolhas vão dizer pra onde iremos. Aqueles por quem fizemos a opção não serão decepcionados por nós, mas nós podemos ser decepcionados por eles... O tempo dirá... O tempo já disse. Tudo é questão de dissernimento.
E depois de tudo que foi vivido, basta que usufruamos das nossas decisões.

Relacionando-se (Camila de Jesus)

Fico pensando como seria a nossa vida sem as pessoas (apesar de ja ter dito que a vida, as vezes, precisa ser vivida sem elas)...
Incrivel como as pessoas nos permitem crescimento interior... é com elas que a gente aprende como precisamos nos relacionar com (um) próximo...
Pude perceber que a beleza de uma amizade não está na relação de aparencia que vivemos, mas na relação que nos une, mesmo quando estamos distantes.
A amizade pode durar um tempo determinado, mas quem determina isso? Nós? O tempo de uma amizade é determinado pela relação que as pessoas fazem dela. A amizade une as pessoas quando os "interesses" são os mesmos. As divergencias existem e isso é inevitavel, ninguem é igual a ninguém. Estar do lado de alguem deve ser encarado como momento de aprendizado e sempre pronto para poder encara os momentos como unicos, de despedida... aquele momento, pode, tambem, estar sendo o ultimo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Representação (Camila de Jesus)

A cada dia que passo tento compreender mais a representatividade das coisas e das pessoas.
Utilizar-se de coisas para representar aquilo que se imagina e se sente, é algo que só se adquire com o tempo. O tempo corrido, o tempo vivido, o tempo aprendido. O tempo.
Visitei uma exposição essa semana de dois caras que utilizam do graffiti para representar.
O que eles representam?...
O que adquirem?...
O que proporcionam?...
Estando lá e olhando todo aquele colorido, fiquei a imaginar as diversas maneiras que as pessoas tem de representar, seja aquilo que sentem, aquilo que são, aquilo que gostariam de ser, aquilo que as atormentam, aquilo... muitos aquilos...
Tenho aprendido muito com essa historia de representar. Afinal, representar é somente vestir uma mascara daquele papel que se quer desempenhar ou é ser aquilo que realmente se é de maneira a se tornar representativo?
O que é ser belo? O que é belo???? Qual é o conceito de beleza que cada um atribuiu para sua vida, para o seu eu, para fazer parte do seu crescimento interior e exterior?
Qual é a melhor maneira de representar? O que está bom, o que está ruim? O que as pessoas sentem quando leem ou interpretam aquilo que fizemos?
Tenho caminhado lado a lado com pessoas que perto ou longo, ausentes ou presentes têm me ajudado muito a me fazer lembrar quem fuim quem estou sendo e que contribuem efetivamente para que eu me torne a pessoa que estou sendo.
REPRESENTAÇÃO: Algo intimo, pessoal e principalmente comunitário. Afinal, quem vive sozinho?
(Depois de uma aula de representação pelo titulo do livro "O Menino do Pijama Listrado")

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Quem se importa? (Ricardo Noblat - O Globo)


“Que semana infernal essa, não?” – perguntei por telefone a uma amiga que mora no Jardim Botânico, bairro de classe média alta do Rio. “Exagero. Circulei livremente e não ouvi um único tiro”, respondeu.
Do bairro de Vila Isabel, outro amigo me disse: “Fora a queda do helicóptero da polícia não aconteceu nada de extraordinário”. Provoquei: E a morte do cara do Afro Reggae? “Todo dia morre gente”.
Eu estava no Rio quando foi assassinada em 22 de novembro de 2006 a socialite Ana Cristina Giannini Johannpeter.
Ela dirigia sua caminhonete blindada Mercedes-Benz, modelo ML 500, e parou diante do sinal fechado na esquina da Rua General San Martin com Avenida Afrânio de Melo Franco, no Leblon, a cerca de 150 metros da 14ª Delegacia de Polícia. Cristina então baixou o vidro para fumar.
Dois bandidos, que passavam por ali em uma bicicleta, encostaram-se ao carro e um deles apontou para Cristina um revólver calibre 38, ameaçando-a: “Eu não quero o carro. Só as suas coisas. Eu vou atirar!"
Cristina entregou a bolsa, o celular, e ao se preparar para tirar o relógio do pulso, tirou sem querer o pé do freio. Como o carro era hidramático, movimentou-se sozinho. O bandido atirou na cabeça de Cristina.
Na companhia de amigos, fiz uma ronda por bares e restaurantes do Leblon na noite do dia seguinte. O assassinato de Cristina era o assunto na maioria deles.Mas para meu espanto, ouvi repetidas censuras ao comportamento da morta.
Como uma milionária era capaz de dirigir o próprio carro? Como não havia seguranças ao seu lado? Por que baixou o vidro para fumar? Como pôde ser tão descuidada a ponto de tirar o pé do freio?
A sociedade carioca está sedada pela violência que, no período de apenas uma semana, fez 46 mortos, vítimas da guerra entre facções rivais do tráfico e as forças da segurança.
No primeiro quadrimestre deste ano foram mortas 2.237 pessoas no Rio – 9,4% a mais que no primeiro quadrimestre de 2008.
Em agosto último, o número de mortos em confronto com a polícia foi 150% maior do que em agosto do ano passado.
O número de favelas no Rio cresceu de 750, em 2004, para 1.020 neste ano. Cerca de quinhentas são controladas pelo tráfico. A venda de cocaína rende algo como R$ 300 milhões por ano aos bandidos.
Quem sustenta o tráfico é quem tem dinheiro. E quem tem dinheiro mora no asfalto.
A violência é o pedágio que os cariocas pagam aparentemente conformados para que uma parte deles possa continuar se drogando.
O noticiário costuma informar: “A polícia invadiu o morro tal”. Como se os morros fossem territórios independentes da cidade, dotados de governos próprios que mantêm relações econômicas com outros países do continente, a exemplo da Bolívia, Paraguai e Colômbia.
E de certa forma é o que eles são. Nessas áreas de escandalosa exclusão social, a presença do Estado brasileiro é rarefeita ou inexistente.
Compete à Polícia Federal combater o narcotráfico. Quantas vezes este ano ela foi vista escalando morros?
Compete ao governo federal vigiar as fronteiras do país. É ridículo o número de policiais ocupados com a tarefa. Faltam equipamentos e gente para fiscalizar o desembarque de cargas nos portos.
Até agosto, para modernizar sua polícia, o Rio só havia recebido R$ 12 milhões dos quase R$ 100 milhões prometidos pelo governo federal.
Adiantaria ter recebido mais do que isso?
Em 2009, estão previstos investimentos de R$ 421 milhões na segurança pública do Rio. Só foram liquidados R$ 102 milhões até agora – 24,2% do total.
Em três anos de governo Sérgio Cabral, o total de investimentos em segurança está orçado em R$ 804.818,00. De fato, não mais do que 40% dessa grana já foram aplicadas.
Vez por outra, sob o impacto de algum episódio mais brutal, contingentes cada vez menores de cariocas vão às ruas pedir paz.
O poder público responde com invasões temporárias e parciais de morros, a morte de bandidos ou de meros suspeitos, a apreensão de armas e o afastamento de policiais corruptos.
Quando um capitão libera um assassino em troca de uma jaqueta e de um par de tênis é porque a instituição à qual pertence apodreceu.
O problema do Rio não é de paz – é de guerra. Não é de conciliação, mas de enfrentamento.
A situação de insurgência só se agravou com o descaso dos governos e a arraigada cultura local de simpatia ou de tolerância com a malandragem e o banditismo.
O Estado brasileiro carece de um plano consistente, amplo e ambicioso para salvar o Rio. E o que é pior: os cariocas parecem não se importar muito com isso.

sábado, 24 de outubro de 2009

O que temos provocado nas pessoas que gostamos? (Camila de Jesus)

Machuque-me com a pior verdade, mas não me iluda com a melhor mentira.

Acho que pra quem me conhece sabe o quanto acredito nas pessoas... qualquer pessoa... (não é uma pessoa qualquer é qualquer pessoa...). Não gosto de ser iludida, apesar de as vezes demonstrar isso...
Gosto de ouvir e ser ouvida.
Gosto de atenção, de carinho, de companheirismo, de AMIZADE!
Gosto das pessos pelo que elas são, e não pelo que tem pra me oferecer.
Gosto da sinceridade nua e crua, que machuca, mas é pelo bem.
Gosto de compartilhar momentos, em silencio, com musica, com olhares, com dança, com fotos, com risadas e choros...
Gosto de chocolate, de batata, de suco, de fruta, de leite condensado...
Gosto de ligaçoes inesperadas no meio da noite, de quem tanto queria que etivesse comigo...
Gosto de sentir a musica em mim...
Gosto de cantar, de estar acompanhada...
Gosto da simplicidade das crianças...
Gosto de coisas simples...
Gosto de gostar das coisas...
Gosto de ter as pessoas ao meu lado.
Gosto das pessoas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
gostar: v. 1 Ter afeição por. 2. Achar gosto ou sabor. 3. Simpatizar.

Nas nossas relaçoes gostosas temos afeição, simpatizamos e acima de tudo achamos um sabor nessa relação... se não, não seria gostoso, seria, desgostoso... Seria algo que não nos faria bem. ODEIO falsidade... e as vezes essa falsidade, nem é proposital é só pra não magoar com verdade... Cada um com um ponto de vista enxerga o que seria melhor do ponto de vista dele e pra ele... e pro outro, o que seria melhor?
Quando a gente se omite em qualquer coisa com alguem que tanto gostamos, colocamos em risco essa relação, caso haja uma descoberta e ai a pessoa vai entender do jeito que quiser e pode ate enxergar algo que, talvez, não exista... Valorizar as pessoas que estão do nosso lado, do jeito que elas gostariam de ser valorizadas é o melhor que temos a fazer para que elas continuem sendo aquilo que sempre foram para nós: ESPECIAIS!
Quero terminar com uma frase de Antoine De Saint-Exupery :
"Tu te tornas eternamente responsavel por aquilo que cativas..."
As pessoas são cativadas por aquilo que provacamos nelas.
O que temos provocado nas pessoas que gostamos???
Pensemos!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pontos de vista (Camila de Jesus)

Estar ou não estar?
Ser ou não ser?
Arriscar... ou permanecer?

Estive esses dias por pensar sobre as minhas relaçoes individuais com as pessoas. Buscar na singularidade de cada um, um entender porquê a nossa relação é daquela maneira. Ate que ponto é bom relacionar-se com as pessoas de maneiras diferentes? A gente deixa de ser a gente ou a gente se molda para que sejamos agradaveis para aquela relação?
Hoje, pela 1ª vez escrevo na faculdade. No meio da aula... feio? Talvez, mas estive nesta semana meio burucuxu e foi simplesmente a minha relação com as pessoas que fez com que eu não "caisse" ou não ficasse em casa deitada na cama o dia inteiro. As pessoas nos fazem bem, mas tambem podem despertar em nós o que temos de pior, basta que ela toque no ponto da nosa vida que desperte isso... Parece dificil, complexo, mas é a realidade... Esse "trauma" pode ser entendido somente com experiencias vividas individualmente com cada um, mas compartilhada com os outros.
Cada ser é singular, impar e pode ter tudo a ver conosco... ou nada a ver conosco... existe algo, implicito, ali que nos une e faz com que possamos nos relacionar e nos darmos bem...
Não existe regra para a vida e nem para as nossas relações... quem esta preocupado com a nossa felicidade? Cada um em si quer ser feliz, e tambem deseja que o outro seja feliz, mas somos egoistas e queremos que as pessoas sejam felizes, mas de acordo com a nossa otica, o nosso ponto de vista. As pessoas esquecem que somos humanos e temos sentimentos e que não somos meros atores, mas de carne, e osso, e coração, e sentimento... Precisamos ser reconhecidos por isso!

♫♪"...Quem se diz muito perfeito, na certa encontrou um jeito insosso pra não ser de carne e osso...
Me cobrir de HUMANIDADE me fascina e me aproxima do céu..."♫♪

Somos protagonistas da nossa história, essa que nós mesmos escrevemos!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Segurança de ser e ter (Camila de Jesus)

Não sou segura... nem de mim, quem dirá dos outros...
Momento passado, jamais retornado...
Gostaria tanto que a vida fosse mais simples, ou até que eu conseguisse deixa-la mais simples.
Afinal, quem a complica? Nós ou os outros?
Até onde vai a nossa limitação quanto as pessoas? E até onde nós vamos por elas....
Até onde a gente precisa ir pra saber que realmente vale lutar por tais coisas?
Acordei hoje com uma vontade tremenda de ficar na cama, de virar pra lá e pra cá e pra cima e pra baixo e terminar o dia lá mesmo... me conforta saber que tudo o que eu vivo é crescimento para mim mesmo...
Quero sair, ficar só... e ao mesmo tempo acompanhada somente de quem realmente me faz bem...
Estou aqui e ao mesmo tempo, fora... longe desse mesmo espaço...
Quero ganhar uma bola de cristal, pra enxergar o futuro e saber se realmente é nesse caminho que devo estar e que quero permanecer... digo isso em todos os sentidos...
Será que o egoismo é algo presente na vida de todas as pessoas?
Será mesmo que quando a gente deseja a felicidade delas é realmente do jeito que elas querem ou do jeito que nós queremos que elas sejam felizes?
Gosto tremendamente das pessoas que me rodeiam, mas acho que elas não tem dimensão do quanto isso é verdadeiro e de quanto esse sentimento é intenso...
Sou segura de quem sou, neste momento somente... Naqueles que ja passaram e naqueles que virão nada posso dizer... estou em constante mudança!

sábado, 10 de outubro de 2009

O essencial é invisivel aos olhos

Quando você conseguir superar
graves problemas de relacionamentos,
não se detenha na lembrança dos momentos difíceis,
mas na alegria de haver atravessado
mais essa prova em sua vida.

Quando sair de um longo tratamento de saúde,
não pense no sofrimento
que foi necessário enfrentar,
mas na bênção de Deus
que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida,
as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade,
e lhe darão confiança
diante de qualquer obstáculo.

Uns queriam um emprego melhor;
outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta;
outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena;
outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos;
outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros;
outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita;
outros, falar.
Uns queriam silêncio;
outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo;
outros, ter pés.
Uns queriam um carro;
outros, andar.
Uns queriam o supérfluo;
outros, apenas o necessário.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Saber olhar é sapiência (Sensitivo Caminhante)

Saber olhar é sapiência

Virtudes e DefeitosÉ notável como conseguimos ver, todos os dias, a todos os instantes, os defeitos alheios.
Dificilmente encontraremos alguém que não se mostre propenso a apontar erros e absurdos dos outros.
Muitos casamentos acabam porque marido e mulher passam a ver tanto os defeitos um do outro, que se esquecem que se uniram porque acreditavam se amar.
Amigos de infância, certo dia, se surpreendem a descobrir falhas de caráter um no outro. Desencantados se afastam, perdendo o tesouroprecioso da amizade.
Colegas de trabalho culpam o outro por falhas que, em verdade, em muitos casos, é da equipe como um todo.
Foi observando esse quadro que alguém escreveu que os homens caminham pela face da Terra em fila indiana, cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás. Na sacola da frente, estão colocadas as qualidades positivas, as virtudes de cada um. Na sacola de trás são guardados todos os defeitos, as paixões, as más qualidades do Espírito.
Por isso, durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuímos presas em nosso peito.
Ao mesmo tempo, reparamos de forma impiedosa, nas costas do companheiro que está à frente, todos os defeitos que ele possui.
Assim nos julgamos melhores que ele, sem perceber que a pessoa andando atrás de nós, está pensando a mesma coisa a nosso respeito.
A imagem é significativa e nos remete à reflexão. Talvez seja muito importante que saiamos da fila indiana e passemos a andar ao lado do outro.
E, no relacionamento familiar, profissional, social em geral, que nos coloquemos de frente um para o outro. Aí veremos as virtudes nossas, que devem ser trabalhadas, para crescerem mais e também as virtudes do outro.
Com certeza nos surpreenderemos com as descobertas que faremos.
Haveremos de encontrar colegas de trabalho que supúnhamos orgulhosos, como profissionais conscientes, dispostos a estender as mãos e laborar em equipe.
Irmãos que acreditávamos extremamente egoístas, com capacidade de ceder o que possuam, a bem dos demais membros da família.
Pais e mães que eram tidos como distantes, em verdade estarem ávidos por um diálogo aberto e amigo.
Esposos e esposas que cultivavam amarguras, encontrarem um novo motivo para estarem juntos, redescobrindo os encantos dos dias primeiros do namoro.
A crítica só é válida quando serve para demonstrar erros graves que possam causar prejuízo para os outros ou quando sirva para auxiliar aquele a quem criticamos.
Portanto, resistir ao impulso de ressaltar as falhas dos outros, exercitando-nos em perceber o que eles tenham de positivo, é a meta que devemos alcançar.
Não esqueçamos de que se desejamos que o bem cresça e apareça, devemos divulgá-lo sempre.
Falar bem é fazer o bem. Apontar o belo é auxiliar outros a verem a beleza.

(Texto: http://aipaf.blogspot.com/2009/09/saber-olhar-e-sapiencia.html)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

E a cruz é sinal de vitória da morte sobre a vida (Camila de Jesus)

E Deus não nos dá uma cruz maior do que a que podemos carregar...

Até onde nós vamos pelas pessoas?
E se vamos, porque vamos?
Vale a pena?
O que nos move?
Porque nos preocupamos?
Decidi que não iria mais me propor a nada, a fazer nada, a ajudar em nada... A famosa lei do minimo esforço: fazer somente porque tem que ser feito e nada mais.Não deu certo... e não deu porque não tinha que dar... Nada na vida é por acaso... (pelo menos na minha) Nada acontece do jeito que queremos que aconteça, pois tudo tem um motivo, a gente só não sabe qual é...
Não deu certo, porque se tivesse dado não seria comigo, porque ser eu não se resume em ser assim... essa tal lei, não existe na minha vida... ou faz direito e muito bem feito ou deixa pra lá... não faz nada...
Me sinto ainda muito usada. Mas talvez seja nesse uso, que eu perceba o quão importante é a minha presença na vida das pessoas. Sofro com a ausencia presente, mas tenho esperança e sei que ela é muito forte e que durará por muito e muito tempo ainda.
Fico me perguntando as vezes, se tudo aquilo que faço com as pessoas, [e todas as pessoas] por mais simples que seja, se algum dia, alguém, em algum lugar, faria comigo....... será que fariam????
Até que ponto eu vou pelas pessoas?
Ate que ponto as pessoas vem até mim?
Até que ponto é valido dar mais uma chance e mais uma e mais uma...?
Até que ponto é válido sair na chuva.........?
São em dias como os de hoje que paro pra analisar que Deus somente nos dá o que nós suportamos... aquilo que nos faz crescer conosco, na nossa singularidade, na nossa conquista diaria...
Que a minha cruz seja a mesma até o fim. Não quero trocá-la. Quero viver o que a vida tem me reservado. Sei que não vou me arrepender de nada.
E a cruz é sinal de vitória da morte sobre a vida.

domingo, 4 de outubro de 2009

Não quero regressar. Não vou regressar. (Camila de Jesus)


Os dias passam, as coisas acontecem...
Sinto que preciso ficar sozinha, mas não consigo...
Sinto falta das pessoas... mas... quais pessoas?
Sinto falta daquele que estava presente em pequenos momentos importantes e que hoje mesmo presente, é tão ausente, quanto quem realmente é ausente.
As pessoas só permanecem ao nosso lado quando elas precisam... caso contrario, desfrutam a felicidade delas com outras pessoas, mas no 1º momento de tristeza, é a nós quem procura...
A cada dia que passa verifico e confirmo que a vida é feita sozinha... cada um por si e que Deus seja por todos...
Valor? Isso é o que ninguém tem, pois ninguém tem o mesmo ponto de vista...
Ninguém é merecedor de valor de ninguém porque ninguém quer aquilo que os outros tem pra dar.
Tenho medo de estragar a vida das pessoas, pois não sei realmente o que cada um tem SINCERAMENTE a me oferecer.
Não tenho interesse material. Não preciso disso.
Preciso de pessoas que me amem como pessoa, não como mulher...
Preciso de pessoas que ouçam... não preciso de qualquer pessoa. Preciso da pessoa.
Preciso ouvir aquilo que realmente acham sobre mim...
Me sinto usada e muito usada... mas quem disse que eu também não uso as pessoas...?
O que mais me conforta nisso tudo é que Deus é justo.
Encontrei hoje com uma pessoa que me disse que a minha história é uma novela...
Novela, na maioria das vezes, tem final feliz, será que a minha terá?
Quero crescer com a minha história. Quero crescer comigo.
Essa vida me consome demais e não enxergo o porque sou tão assim... tão eu...
Ja não aguento mais... as minhas lagrimas são poucas...
E a minha vida grande demais...
Sei que sou eu mesma que estou escrevendo a minha história, mas ja estou em alto mar... não posso mais voltar, tenho que atingir o meu objetivo.
E é em busca dele que estou. Não quero regressar. Não vou regressar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Faça com os outros... (Camila de Jesus)


Faça com os outros aquilo que gostaria que fizessem com você!
Não importa quem seja.
As pessoas precisam ser respeitadas por simplesmente serem pessoas!
Precisamos amar o outro do mesmo jeito como gostariamos de ser amadas por este mesmo outro.
Precisamos ouvir o outro do mesmo jeito como gostariamos de ser ouvidos por este mesmo outro.
Precisamos dar atenção ao outro do mesmo jeito como gostariamos de receber atenção desse mesmo outro.
Precisamos valorizar o outro do mesmo jeito como gostariamos ser valorizados por este mesmo outro.
Precisamos brincar com o outro do mesmo jeito que gostariamos que esse mesmo outro brincasse conosco.
E ai a gente se pergunta?
-E o outro??? Não tem vontades? O outro também não tem as suas vontades, o seu jeito e que precisa ser feito com ele aquilo que ele faz com os outros???
Ninguém consegue saber o que é bom, se não passar pelo que é ruim....
As vezes as pessoas me magoam, mas isso é por eu dar muito valor a quem não tem nenhum...
Estou muito a pensar sobre isso, mas pra resolver este grande problema a gente tem que dar valor e perceber que a pessoa não merece.
s pessoas para serem merecedoras de nós precisam percebem em nós o quanto podemos ser importantes pra ela...
E a vida é um circulo vicioso. Quem é que quer dar uma chance para aquilo que ja passou? O passado é passado, passou... mas só torna-se passado se a gente quiser que ele fique passado...
E a gente pensa assim: " - Pra que olhar pra tras se na frente esta tudo aquilo que eu preciso?"
Acho que esse texto de Madre Teresa de Calcutá pode responder essa questão.

"Tenha sempre presente que a pele se enruga, o cabelo embranquece, os dias convertem-se em anos... mas o que é importante não muda. A tua força e convicção não tem idade. O teu espírito é como qualquer teia de aranha. Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida. Atrás de cada conquista, vem um novo desafio. Enquanto estiver vivo, sinta-se vivo. Se sentir saudades do que fazia, volte a fazê-lo. Não viva de fotografias amareladas... Continue, quando todos esperam que desista. Não deixe que enferruje o ferro que existe em você. Faça com que em vez de pena, tenham respeito por você...Quando não conseguir correr através dos anos, trote. Quando não conseguir trotar, caminhe. Quando não conseguir caminhar, use bengala, mas nunca, nunca se detenha!!!"
( Madre Teresa de Calcutá )

Acredito fielmente que a mudança é possível. Basta queremos.
E que isso tudo comece em mim.
"SOU A UNICA PESSOA NO MUNDO QUE EU REALMENTE QUERIA CONHECER BEM"

He isn't heavy, he is my brother

Quantas vezes nós, provavelmente, já ouvimos essa bela canção. Mas, como eu, você também, suponho, desconhecia a circunstância que a inspirou... Aí está... Tanto quanto a mim, espero que lhe seja do agrado. Para quem ainda não se sente desprendido o suficiente para agir como sugere a letra da música, vai um consolo:

"Se você se emocionar, sentindo essa emoção dentro do seu coração, alegre-se:
A semente já está plantada, e a terra é fértil!"

Para os saudosistas, amantes da boa música... Essa é uma música da nossa época de juventude, mas sempre será atual, visto que nada mudou!!!! Há que se pensar! É sobre a entidade "Missão dos Orfãos", em Washington, DC. Foi lá que ficou eternizada a música "He isn't heavy, he is my brother" dos "The Hollies". (você pode não estar lembrando a música, mas depois de ouvir, se lembrará do grande sucesso!)
A história conta que certa noite, em uma forte nevasca, na sede da entidade, um padre plantonista ouviu alguém bater na porta. Ao abri-la ele se deparou com um menino coberto de neve, com poucas roupas, trazendo em suas costas, um outro menino mais novo. A fome estampada em seu rosto, o frio e a miséria dos dois comoveram o padre. O sacerdote mandou-os entrar e exclamou:

-"Ele deve ser muito pesado". Ao que o que carregava disse:
- "Ele não pesa, ele é meu irmão". (He isn't heavy, he is my brother)

Não eram irmãos de sangue realmente. Eram irmãos da rua. O autor da música soube do caso e se inspirou para compô-la. E da frase fez o refrão. Esses dois meninos foram adotados pela instituição. É algo inspirador nestes dias de falta de solidariedade, violência e egoismo.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Só dê ouvidos a quem te ama. (Autor Desconhecido)

Só dê ouvidos a quem te ama. Outras opiniões, se não fundamentadas no amor, podem representar perigo. Tem gente que vive dando palpite na vida dos outros. O faz porque não é capaz de viver bem a sua própria vida. É especialista em receitas mágicas de felicidade, de realização, mas quando precisa fazer a receita dar certo na sua própria história, fracassa.
Tem gente que gosta de fazer a vida alheia a pauta principal de seus assuntos. Tem solução para todos os problemas da humanidade, menos para os seus. Dá conselhos, propõe soluções, articula, multiplica, subtrai, faz de tudo para que o outro faça o que ele quer.
Só dê ouvidos a quem te ama, repito. Cuidado com as acusações de quem não te conhece. Não coloque sua atenção em frases que te acusam injustamente. Há muitos que vão feridos pela vida porque não souberam esquecer os insultos maldosos. Prenderam a atenção nas palavras agressivas e acreditaram no conteúdo mentiroso delas.Há muitos que carregam o fardo permanente da irrealização porque não se tornaram capazes de esquecer a palavra maldita, o insulto agressor. Por isso repito: só dê ouvidos a quem te ama. Não se ocupe demais com as opiniões de pessoas estranhas. Só a cumplicidade e conhecimento mútuo pode autorizar alguém a dizer alguma coisa a respeito do outro.
Ando pensando no poder das palavras. Há palavras que bendizem, outras que maldizem. Descubro cada vez mais que Jesus era especialista em palavras benditas. Quero ser também. Além de bendizer com a palavra, Ele também era capaz de fazer esquecer a palavra que amaldiçoou. Evangelizar consiste em fazer o outro esquecer o que nele não presta, e que a palavra maldita insiste em lembrar.
Quero viver para fazer esquecer... Queira também. Nem sempre eu consigo, mas eu não desisto. Não desista também. Há mais beleza em construir que destruir.
Repito: só dê ouvidos a quem te ama. Tudo mais é palavra perdida, sem alvo e sem motivo santo.
Só mais uma coisa. Não te preocupes tanto com o que acham de você. Quem geralmente acha não achou nem sabe ver a beleza dos avessos que nem sempre você revela.
O que te salva não é o que os outros andam achando, mas é o que Deus sabe a teu respeito.

Por onde vamos começar???? (Camila de Jesus)

Por onde vamos começar????
Será que cada um atras de si mesmo seria uma boa idéia?!

domingo, 27 de setembro de 2009

Amo a cada um na sua singularidade (Camila de Jesus)

Quero aqui expressar a minha grande alegria.
Alegria de estar junto as pessoas...
Não importa quem são, mas importa o que são... pra mim!
Existem sim, claro, com certeza, aquelas que fazem falta... e como fazem falta, ninguem é insubistituivel, mas a singularidade é guardada e por maisl que alguem seja "substituida" por outra, a essencia permanecerá.
Fico feliz em ter pessoas do meu lado que serão pra sempre, aquilo que eu NUNCA poderei ter...
Escrevo. E escrevo porque sei que não será possivel falar isso a cada um para que tentem sentir o que sinto.
Escrevo porque palavras ao vento se perdem e somente iss aqui poderá servir de alegria quado eu me for.
Escrevo porque é melhor. As palavras ditas diretamente, as vezes não agradam a gente mesmo! Voce fala de um jeito, as pessoas entendem de outro.
Ninguém será entendido profundamente.
Passei um excelente final de semana, acompanhada dessas pessoas que me fazem bem... muito bem!
Aprendizado, lembranças, saudades, risadas, sentimentos guardados e revelados. Palavras ditas, sementes lançadas, objetivo alcançados, olhares cruzados, conversas ao telefone, cabeça ao ar livre... PESSOAS, pessoas e pessoas!
Isso vale. Vale muito!
Amo a cada um na sua singularidade.
Boa semana a todos nós!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Insisto. Persisto. Acredito. (Camila de Jesus)


O que é ser alguém?
E o que é ser alguém de outro alguém???
O que é representar algo para alguém?
E o que é representar?
O que é ser?
O que é ter valor?
O que é acreditar?
E desacreditar também...
Aí como viver é difícil... como CONVIVER é difícil!!!!!!
Querer o bem das pessoas é difícil...
Querer ajudar é difícil...
E deixar-se ajudar é difícil também...
Clarice Lispector tem me feito muito bem.
"Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdôo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre."
Isso tudo parece um tanto quanto contraditorio... mas é a verdade, pelo menos de mim.
Estou sufocada pelo tempo. Me sinto atacada. Quero fazer tudo... não consigo nada.
No trabalho sou sempre questionada por um ou por outro... [por aquilo que escrevo, que posto, que acredito, que brinco, que falo...] que na brincadeira, acabam por ofender. Não me chateio com isso, mas vou me enchendo das pessoas. Criamos sempre uma espectativa em cima dela e com o tempo percebemos, que nos decepcionamos com aquilo que haviamos acreditado...
Será que todo mundo amadurece e chega um ponto que acha que não precisa crescer mais, por ter estudado isso ou aquilo, aqui ou ali?! Por desenvolver um trabalho assim ou assado?!?! Será que o lugar que a gente estuda realmente faz com que sejamos mais espertos, mais inteligentes ou simplesmente nos faz querer ver as coisas de outro modo?....
Ser alguém é complicado. Crescer é complicado. Cada dia é um dia, cada olhar é um olhar e cada palavra continua sendo o mais importante, o mais cativante. Continua sendo o que de mais valioso alguém pode me oferecer. [E esse valor pode ser tornar positivo ou negativo...]
Tenho em minhas lembranças, grande parte da minha infancia-adolescencia, as pessoas que estudaram comigo, choraram comigo, viveram comigo, cresceram comigo e hoje em dia na minha atual juventude, carrego essas pessoas comigo que fizeram parte da minha vida e mesmo que longe estao sempre perto me ajudando crescer e a entender que todos somos falhos e que na verdade não queremos ser aquilo que somos, estamos bem, mas queremos SIM melhorar...
De quem depende tudo isso???
Afinal, o valor de quem eu quero é realmente o que eu preciso?
O valor pra quem eu quero oferecer é digno do que eu tenho pra dar?
Do mesmo modo que o amor é um sentimento muito proximo ao odio, a diferença é muito proximo a semelhança. Chega até a nos confundir.
Insisto. Persisto. Acredito.
Vamos ao trabalho!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Precisamos de convivência (Camila de Jesus)


♫♪ O que fazer?
O que fazer??? ♫♪
Não há o que fazer quando não existe decisão.
A realidade nos aprisiona. A gente tem vergonha da gente mesmo!!!
Quem causa tudo isso?! Nós mesmos. Somos protagonistas da nossa história, da história que nós mesmos escrevemos, ilustramos, colorimos ou deixamos em preto e branco, sem vida, com aparencia de que falta algo.
Falta algo mesmo... falta a gente perceber que tudo na vida é dificil e que nada cai do céu... falta a gente perceber que pra que tudo de certo um dia, termos o proprio carro, o proprio celular, o proprio eu, precisamos enfrentar o bicho papão da infancia, o rato escondido naquela tralha de papel...
Quando a gente cresce e começa a entender as entrelinhas de um texto ou de uma fala, a gente tem que ser malicioso... malicioso pra entender que nem todo mundo que fala que é amigo... é amigo mesmo... nem todo mundo que diz, "confia em mim", é digno da confiança... a gente encara a malicia como algo maldoso... relacionado na maioria das vezes ao aspecto sexual...
A realidade na qual vivemos é puramente maliciosa. Sempre tem alguém com segunda intençoes.
Precisamos sim ser ingenuos, no entanto precisamos "levar as coisas por tras" pra aprender que quem merece o reconhecimento dos nossos valores, sempre estão levando o titulo de chato, de que esta enchendo o saco, de quem não nos conhece...
Existem pessoas que nos conhecem pelo olhar, do mesmo modo que conhecemos pessoas pelo olhar... na maioria das vezes, isso não é reciproco. Não queira dizer do outro aquilo que somente voce e ele conhecem sobre você.
Acreditar em si e crescer interiormente para si e exteriormente aos olhos dos outros é repectivamente sem duvida o que de mais valioso podemos ter em nossas vidas.
Aquilo que somos, não há de ser mudado, mesmo porque somos o que somos.
Perceba malicia nos outros. Perceba segundas intençoes nos outros. Percebe a gentileza para você nos outros. Perceba os outros em você.
Ninguem cresce sozinho. Precisamos de convivência.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Para mim as palavras dizem muito mais! (Camila de Jesus)

Como ajudar as pessoas quando elas não querem ser ajudadas?
Como mostrar o caminho quando elas não querem enxergar?
Como apresentar a felicidade se a pessoa não quer ser feliz?
As pessoas são muito confusas. E eu sou também! Também sou uma pessoa.
Mas estou tentando enfiar na minha própria cabeça que ser amigo é fazer-se ausente e voltar a ficar de braços abertos quando a pessoa realmente estiver precisando de mim. Fora isso, vou vivendo a minha vida, pois o dia que tiver que parar pra viver a vida com ela, vou viver e tenho certeza que será gratificante, tanto pra ela quanto pra mim.
Chateio-me com coisas assim.
Me sinto trocada e as vezes tenho a sensação de que a pessoa quer dizer:
"-Se toca!!!!"
Mas ao mesmo tempo tenho a sensação de que a pessoa quer dizer:
"-Meu universo não é o seu universo, não quero que você viva isso comigo, pois não quero isso pra você. Você merece coisa melhor!!!"
Assim como ja disse uma vez, insisto.
Ser amigo é também suportar a felicidade. É estar feliz porque o outro está feliz.
Você está feliz? É isso que você me diz? É isso que enxergo? É assim que estou!
Estar triste com você não é sacrificio algum pra mim. Deixar as coisas por você, não é sacrificio algum pra mim.
No entanto, é dificil ler coisas e enxergar outras coisas nas entrelinhas... a preocupação bate, mas a liberdade de perguntar se isola, pois acredito naquilo que esta sendo dito.
PARA MIM AS PALAVRAS DIZEM MUITO MAIS!
Assim como diz um amigo meu: "Amizade não falta com a verdade, não é engolida pelos desejos, nem carnais nem materiais, ou seja, amizade supera todas as questões mundanas, mas acima de tudo o verdadeiro amigo é aquele que te ouve se põe em seu lugar todo o tempo."

Devemos o tempo todo tomar muito cuidado, pois você pode estar sendo assim com alguém, mas será existe alguém assim com você???

TABACARIA (15-1-1928) [Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)]

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê
-Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

ACREDITO FIELMENTE QUE A MUDANÇA É POSSÍVEL (Camila de Jesus)

"Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz, você precisa aprender
a gostar de você,
a cuidar de você e, principalmente
a gostar de quem também, gosta de você”
Essas palavras de Mario Quintana, foram me enviadas por uma amiga. Uma pessoa que sempre esteve comigo e mesmo ausente sempre se faz presente.
Ha tempos não postava aqui, algo que fosse com as minhas palavras... como bem sabem, costumo postar quando não estou bem, quando algo esta me sufocando e me fazendo refem de mim mesma.
No fim do dia de hoje, essa palavras de Mario Quintana, me fizeram pensar sobre muita coisa em pouco espaço de tempo.
Hoje pela manha recebi a visita de um amigo, alguém de quem gosto muito, antes e acima de qualquer coisa como pessoa e é isso o que mais importa. Fui trabalhar, solicitei um trabalho, mas tive uma aula tão barulhenta que mesmo com tanta coisa pra corrigir, me dei o luxo de simplesmente reparar no rostinho de cada um daqueles alunos para tentar imaginar o que poderia fazer, para abrir os seus olhos, para dizer o que o mundo é realmente quando a gente se torna adulto... Impossível.
A tarde fui a casa de uma amiga, realizar um trabalho e mais uma vez conversarmos sobre mim, sobre o que passo, o que vivo... É muito dificil conhecer as pessoas... saber o que elas pensam, o que elas acham, o que se passa pelas suas cabeças... o que estão mesmo querendo dizer...
A noite fui a casa de uma outra amiga... piorei, não por estar perto dela, mas por descobrir coisas...
ODEIO mentiras. Por mais que me doa, a verdade nua e crua tem que ser dita para que eu entenda. Não quero ser feita de boba. Por mais que eu acredite e confie em alguem, chegará uma hora que eu vou entender............................... que estou sendo feita de boba..... Quem tem minha real amizade, descobriu um verdadeiro tesouro. Sou amiga em todas as circunstancias... Debaixo d'água, de olho fechado, com a mão no fogo...... Mas se acha que a minha amizade é pequena para a grande pessoa que você é, e que não é digno disso, afaste-se e me diga o motivo. Não quero simplesmente ser evitada, fazendo com que você não atenda o telefone, não me atenda na sua casa e me faça ficar nula. Somente lembre-se que faço tudo o que faço porque amizade é também suportar a propria alegria do outro. Seja SINCERO! Se eu perder a confiança. Acabou.... De um jeito que eu não queria que acabasse... Tenho medo de estar descobrindo um lado que jamais achei que fosse descobrir, pois jamais acreditei que existia...
Acredito que essa fase da minha vida está sendo de provação. Pura provação. Não sei até quando isso vai, até onde vai, que consequencias vao ser tomadas, mas sei que não me arrependo de nada do que fiz, nada do que disse e nem de quem deixei.
Quero terminar com uma frase de Antoine de Saint Exupéry:
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas...”
Tenho certeza de que estarei presente sempre se tiver te cativado, com aquilo que sou e não por aquilo que tenho materialmente.
Me entenda e muito cuidado com o que faz comigo, as consequencias serão refletidas em você... Posso até gostar muito de ti, mas não sacrifico a minha vida por isso... não sei se vale a pena. Não está me inspirando confiança.
Acima de tudo, ACREDITO FIELMENTE QUE A MUDANÇA É POSSÍVEL.
AMO QUE AMO!!!

Uma verdade...

Reflexão a todo momento. Mesmo quando não estamos esperando por isso.

"Um dia descobrimos que beija uma pessoa para esquecer outra é bobagem.
Você não esquece a outra, como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor, são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como o bonzinho, não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoas que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas...”
Um dia perceberemos que somos muito importantes para alguém e não damos valor a isso...
Um dia perceberemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim... Um dia descobrimos que apesar de viver quase 100 anos, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito.
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar, tampouco compreendera uma longa explicação."

Mario Quintana

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cronica de um amor anunciado (Martha Medeiros)

Toda pessoa apaixonada é um publicitário em potencial. Não anuncia cigarros, hidratantes ou máquinas de lavar, mas anuncia seu amor, como se vivê-lo em segredo diminuísse sua intensidade.

O hábito começa na escola. O caderno abarrotado de regras gramaticais, fórmulas matemáticas e lições de geografia, e lá, na última página, centenas de corações desenhados com caneta vermelha. Parece aula de ciências, mas é introdução à publicidade. Em breve se estará desenhando corações em árvores, escrevendo atrás da porta do banheiro e grafitando a parede do corredor: Suzana ama João.

A partir de uma certa idade, a veia publicitária vai tornando-se mais discreta. Já não anunciamos nossa paixão em muros e bancos de jardim. Dispensa-se a mídia de massa e parte-se para o telemarketing. Contamos por telefone mesmo, para um público selecionado, as últimas notícias da nossa vida afetiva. Mas alguns não resistem em seguir propagando com alarde o seu amor. Colocam anúncios de verdade no jornal, geralmente nos classificados: Kika, te amo. Beto, volta pra mim. Everaldo, não me deixe por essa loira de farmácia. Joana, foi bom pra você também?

O grau máximo de profissionalismo é atingido quando o apaixonado manda colocar sua mensagem num outdoor em frente a casa da pessoa amada. O recado é para ela, mas a cidade inteira fica sabendo que alguém está tentando recuperar seu amor. Em grau menor de assiduidade, há casos em que apaixonados mandam despejar de um helicóptero pétalas de rosas no endereço do namorado, ou gastam uma fortuna para que a fumaça de um avião desenhe as iniciais do casal no céu. A criatividade dos amantes é infinita.

O amor é uma coisa íntima, mas todos nós temos a necessidade de torná-lo público. É a nossa vitória contra a solidão. Assim como as torcidas de futebol comemoram seus títulos com buzinaços, foguetório e cantorias, queremos também alardear nossa conquista pessoal, dividir a alegria de ter alguém que faz nosso coração bater mais forte. É por isso que, mesmo não sendo adepta do estardalhaço, me consterno por aqueles que amam escondido, amam em silêncio, amam clandestinamente. Mesmo que funcione como fetiche, priva o prazer de ter um amor compartilhado.

domingo, 23 de agosto de 2009

Violência

Essas violencias a gente ate consegue compreender, pois são físicas e aparentemente tem um motivo.
E quando as violencias são verbais e atingem aquilo que temos de mais precioso... o coração...
Será que somente eu e mais uma duzia de pessoas percebem que essa é a pior que pode existir?!

Violência gratuita (Walcyr Carrasco)

http://vejasaopaulo.abril.com.br/revista/vejasp/edicoes/2127/violencia-gratuita-493358.html

Recentemente, fui ao dentista. Na primeira consulta, a certa altura, o doutor Laércio, especialista em implantes, comentou:
-Eu não entendo o motivo de tanta violência.
Há algum tempo, implantou doze dentes em um paciente. O rapaz dirigia quando foi fechado por outro veículo. Brecou. O outro motorista saiu gritando, irritado por alguma manobra que ele havia realizado. Foi atacado com socos e chutes. Sem conseguir se defender, apanhou até depois de cair no chão. Mais tarde, em um hospital, constatou a perda dos dentes. Segundo Laércio, não foi o único caso. Muitas pessoas espancadas recorrem a ele para refazer a boca.
-O que me choca no que ouço é a falta de motivo para tanta fúria - concluiu.
Não foi a primeira vez que ouvi sobre o assunto. Meses atrás um amigo estava com um casal e outro rapaz no vão do Masp, conversando na mureta. Um grupo de desconhecidos se aproximou, xingando. E partiu para cima deles. Não era assalto. Mas violência pura e simples. Perseguido por uma dupla, meu amigo disparou em direção à Fundação Getúlio Vargas. Quase alcançado, viu a porta da garagem de um prédio se fechando. Atirou-se lá dentro. Pensando se tratar de um assaltante, o porteiro gritou por socorro e se trancou na guarita. O rapaz quis explicar que fugia de agressores e precisava telefonar. Inútil. O homem chamou a polícia. Levado por uma viatura, só foi solto na delegacia onde seus amigos, machucados, prestavam queixa.
Já vi gente enfurecida na fila do check-in do aeroporto: certa vez uma passageira passou na minha frente louca da vida, gritou com a funcionária da companhia aérea, fez um escândalo. Temia perder o voo e não adiantou lhe explicarem que todos da fila embarcariam no mesmo horário. Não houve violência física, mas a mocinha do check-in foi chamada de idiota e estúpida! Os ataques corporais parecem cada vez mais frequentes. Uma conhecida assistiu a um desses episódios. Do outro lado da rua passavam dois garotos, aparentemente gays. Em sua direção vieram quatro skinheads. Sem aviso prévio, atiraram-se sobre os dois! Um voou para dentro de uma estação de metrô logo ali. Sob pontapés, o segundo conseguiu rolar também até a estação e se livrar. Há histórias de prostitutas atacadas por rapazes de classe média – a mais falada delas aconteceu há algum tempo no Rio de Janeiro. Para muitos moradores de rua, o espancamento é uma possibilidade cotidiana.
São comuns as brigas em casas noturnas, às vezes por causa de uma garota, outras sem razão nenhuma.
O tema me dá angústia. Não consigo entender tantas explosões gratuitas de violência. Certa vez um amigo me deu uma lição de como se comportar nesse tipo de situação. Vínhamos de carro quando uma moto dobrou a esquina a toda a velocidade. Distraído, quase batemos, mas o acidente foi evitado. Mesmo assim, o motoqueiro nos perseguiu por vários quarteirões, xingando, a toda a velocidade. Finalmente, emparelhamos em um sinal. Meu amigo abriu o vidro e disse gentilmente:
-Desculpe. Eu não vi que você vinha. Sinto muito.
A gentileza desarmou o agressor: ficou mudo, imóvel. O sinal abriu. Fomos embora e ele tomou seu caminho. Não sou otimista a ponto de acreditar que esse tipo de atitude sempre resolve. Pelo contrário: no auge da raiva uma pessoa perde a capacidade de ouvir.
Queria oferecer uma solução. Não sei qual. Como cidadão eu me sinto frágil e desamparado por não saber o que me espera quando dobrar a próxima esquina.


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Adaptando... Ele não está tão a fim de você (Camila de Jesus)

"As garotas aprendem muito enquanto crescem. Se um cara bate em você, ele gosta de você. Nunca tente cortar sua própria franja.
E algum dia vai conhecer um homem maravilhoso e ter o seu próprio final feliz.
Todos os filmes que vemos e todas as historias que ouvimos nos implora para que esperamos por isso... A reviravolta no 3º ato... a declaração de amor inesperada... A exceção a regra...
Mas as vezes estamos tão preocupados em achar o nsso final feliz que não aprendemos a ler os sinais.
Como distinguir entre os que nos querem e os que não nos querem?
Distinguir entre os que vão ficar e os que vão partir?
Talvez esse final feliz não inclua um cara maravilhoso...
Talvez seja você... sozinha... recolhendo os cacos e recomeçando...
Ficando livre para achar algo melhor no futuro.
Talvez o final feliz seja só seguir em frente.
Ou talvez o final seja este... saber que mesmo com ligações sem retorno e corações partidos, com todos os erros estúpidos e sinais mal interpretados, com toda vergonha e todo constrangimento, você nunca perdeu a esperança."

Este é um fragmento do filme "Ele não está tão a fim de você - EUA, 2009", não gosto muito de comédias romanticas, mas todo conhecimento é valido. A cada dia que se passa chego a conclusão de que essa parte da vida não ha receita... cada um é cada um....
Somos a regra, somos a exceção da regra. O jeito mesmo é arriscar... se não der certo, não deu ué.... fazer o que???? Porem o mais importante é não perder a esperança.... NUNCA.
Valeu Carlos. Valeu Jana. Meus companheiros de aventuras... casados!!!!!!

Valores. Cada um tem o seu! (Camila de Jesus)

Chorar é um ato tão comum na minha vida que ja nem fico mais impressionada comigo mesma...
Choro pra esquecer, pra me sentir aliviada, segura de mim e de quem me torno a cada dia.
Valorizar é algo que a muito tempo vem me "atormentando"...
Ja me fiz essa pergunta... mas o que é valorizar na verdade?????
De que vale tudo aquilo que temos por fora, se na verdade o que esta realmente importando é aquilo que temos por dentro... é aquilo que somos quando perto ou longe de outras pessoas, somos as mesmas de quando estamos juntos.
Quero aqui fazer referência de um texto:
"...Me pergunto se algum dia serei contemplado na loteria da vida. Quando irei receber a super bolada em saúde, paz , felicidade, prosperidade, amor e outras coisas bobas..."
Pessoas (Jardiel Carvalho)
http://jardielcarvalho.blogspot.com/2009/07/pessoas-jardiel-carvalho.html
Quem nunca se perguntou isso??? Mas... paremos para pensar.
Quantas e quantas vezes fizemos jus a esse pedido???
Quantas e quantas vezes fizemos jus a esse pedido???
Quantas e quantas vezes fizemos jus a esse pedido???
Ñão quero aqui julgar ninguem, [quem sou eu pra isso], mas posso questionar... sou livre...
É estranho quando alguem te pede ajuda, te comove com o olhar, te faz sentir o proprio sentimento e quando você luta contra tudo e contra todos para poder ajudar... a pessoa simplesmente te revela ser alguem que voce jamais imaginou que ela fosse. Surge ai a decepção... em primeiro lugar consigo mesma, pois jurava saber que aquela ajuda que estava sendo pedida, era do fundo do coração... não era somente um pedido... era uma suplica.... mas e ai....? Quem garante mesmo que a pessoa quer mesmo ser ajudada? Quem garante mesmo que pessoa deva ser ajudada por você? E não por outra?
Minha mae sempre disse que as atitudes falam muito mais do que as palavras... pode ser, mas as palavras tambem demonstram muito mais do que aquilo que realmente se quer.
"Todas as vezes que estamos diante de alguem, nós temos dois desafios: Encontrar o outro de verdade, é o primeiro deles. E o segundo é a gente deixar cair as mascaras que muitas vezes impedem o nosso encontro [...] A gente tem medo da gente mesmo!" [Pe. Fabio de Melo]
Quando as pessoas se conhecem e te pedem ajuda, não significa que esteja pensando só nela.... mas esta também pensando em voce... sabe que voce tem o potencial para ajuda-la...
Acho que coisa mais dificil de ser uma pessoa é ser fiel... FIEL A SI MESMO. Lutar contra seus vicios, suas manias, seus erros, seus defeitos. É dificil pedir ajudar pra parar com um vicio, porem, mais dificil é ser humilde para aceitar essa ajuda.
Eu sou fiel... não sei se sou fiel a mim, mas sei que sou fiel aos outros e com os outros. Com aqueles que estabeleci um compromisso, de ajuda, de despertar, de voltar as origens, de voltar ao seu Eu...
Costumo cumprir com a minha palavra. Cumprirei com o que prometi, no prazo em que prometi.
Estou aqui pra isso.
Sou sua amiga pra isso.
Conte sempre comigo.
Amo-te!!!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Inspiração de Clarice Lispector

Quem sou eu???
Essa pergunta atormenta-me sempre. Encontrei esse texto da grande CLARICE LISPECTOR que retrata um pouquinho (só um pouquinho) do que eu sou... pois sou muita coisa, para as poucas palavras dos mundo...

"Eu sou um ser totalmente passional.
Sou movida pela emoção, pela paixão... tenho meus desatinos...
Detesto coisas mais ou menos...
Não sei conviver com pessoas mais ou menos...
Não sei amar mais ou menos...
Não me entrego de forma mais ou menos...
Se você procura alguém coerente, sensata, politicamente correta, racional, cheia de moralismo... ESQUEÇA-ME!
Se você sabe conviver com pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção... ACOLHA-ME!
Se você se assusta com esse meu jeito de ser... AFASTE-SE!
Se você quiser me conhecer melhor... APROXIME-SE!
Se você não não gosta de mim... IGNORE-ME!
E quando eu partir... NÃO CHORE!"
(Clarice Lispector)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sonhando a Liberdade (Camila de Jesus)





Ha tempos não passo por aqui...

Quero começar o texto de hoje com uma frase da grande Clarice:

"Liberdade é pouco. O que eu quero ainda não tem nome."


Estive tão livre, tão livre que me senti mais livre do que a liberdade que estava tendo.

Paguei caro (carissimo) por coisas que disse, terei então de sofrer as consequencias, mas tudo isso é fruto da liberdade que é pouco pra mim...

Tive sonhos. Dormindo... os que parecem ser impossiveis... sonho sozinha e sozinha eu fico sem expectativa, sem auto-estima... Acordada... aqueles que parecem mais reais, sonhei, dei risada, me senti... tão bem...

GRANDE LIBERDADE! O que farei com esses sonhos que sonho, sonho, sonho e pra que ele se torne realidade, basta somente que eu acredite que um dia ele se tornará realidade. É bom sonhar acompanhada a gente vai moldando os nossos sonhos...

Essa liberdade de sonhar as vezes parece ser meio contraditoria. Sonho o que quero pra mim, mas depois tenho que me adequar ao outro, a vontade do outro... Será que a gente consegue sonhar sozinha e realizar tudo o que sonhou sozinha?

ESSA TAL LIBERDADE... Temos muito o que nos conhecer ainda...



Tendo começado com Clarice, quero também terminar com duas frases de Clarice!!!


"Acho que devemos fazer coisa proibida - senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa e sim com o aviso de que somos livres"



"TODA PALAVRA TEM SUA SOMBRA"




Somos tão livres que nós mesmos fazemos as sombras das palavras que lemos. Entendemos como queremos.