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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Controle (Camila de Jesus)

Eu tenho um auto controle. Físico. Nada mais que físico.
Procuro um foco, no olhar e somente no olhar.
Eu tenho um foco no olhar e somente no olhar.
Não me arrependo de nada que fiz, ou que não quis fazer. (ou quis e não fiz sei lá porque...) Sou feliz por isso.
Eu tenho um controle físico sobre mim.
Não atiro. Observo.
Me contenho. Finjo não ver.
Observo. Sigo com os olhos, mesmo quando eles não saem do lugar.
Me controlo. Me controlo muito. Se isso é ruim?! Sim. Sim, é ruim.
Eu tenho um controle físico sobre mim, mas só físico.

Me lembro das pessoas pelo cheiro.
Pelo jeito de falar, de agir. De observar.
De tocar... ah o tocar! Mas... bendito controle físico que tenho sobre mim... antes não tivesse controle ou entao, que tivesse um controle controlado, sei lá o que é melhor.

É. Acho que isso é natural, uma vez que o controle é só físico.
Não consigo me controlar para não pensar.
Não consigo me controlar para não sentir o mesmo cheiro.
Não consigo me controlar para... tantas coisas mais!
Não consigo... talvez porque eu não queira, talvez porque não seja a hora, talvez por ser uma ilusão. Talvez... por eu ter controle demais.

Bendito controle. Da próxima vez vou sair sem ele. Mas vou pedir para ele ir atras, pra me proteger.
Bom, mas talvez eu não precise dessa proteção, nem da ausencia do controle. Preciso dele, mas pra usá-lo com moderação.
Na verdade, acho que usei meu controle na hora errada. Troquei de canal, antes mesmo que o filme acabasse. Não sei se foi "pause" ou "stop"... Vou descobrir quando perder meu controle?! Não, não... vou descobrir quanto usá-lo direito. Só preciso de você pra me ensinar.
(Senti seu cheiro - o mesmo perfume - hoje no metrô. Olhei na esperança de que fosse você... Mas não era...!)

sábado, 13 de novembro de 2010

Como você lida com a concorrência? (Camila de Jesus)


Você já parou pra pensar que tudo o que estamos vivendo tem concorrencia?
É, concorrencia mesmo.

Trabalho: Diversas pessoas na mesma área, na mesma situação que você: DESEMPREGADO. Em busca justamente daquela vaga que você olhou e disse que era a vaga perfeita pra você, seu número.
Família: Seu irmão, querendo a atenção dos seus pais, tanto quanto você. Os mesmos carinhos, as mesmas bajulações, as mesmas brincadeiras.
Relacionamento Amoroso: Um alvo e diversas flechas. Você é uma delas. Mas no meio do caminho tantas outras que atrapalham esse percurso.
Amigos: Um dia só pra você e aparece um compromisso no meio do caminho.

Essa tal concorrencia, acompanha-nos sempre, em todos os momentos, lugares, passeios, pessoas...
Essa tal concorrencia deixa a gente meio confuso. O que fazer quando a gente se depara com ela bem na nossa frente?
O que fazer quando alguém te pede para você conquiste aquilo que está em questão (Vaga do Trabalho, Atençao dos Pais, Pretendente amoroso, Dia do amigo)?
A tempos venho me questionando quanto a isso e hoje, certa do que sou e sabendo onde posso chegar sendo quem sou, traduzo o "lidar com a concorrencia" em uma palavra. DETERMINAÇÃO.
Ninguém além de ti mesmo poderá conquistar as coisas por você.
Ninguém além de ti mesmo saberá qual é a intensidade com a qual você quer aquilo.
Ninguém além de ti mesmo.
Determine-se e não queira concorrer com ningúem.
Seja você. Sempre, sempre, sempre.
Desse modo você ganhará qualquer batalha.
Boa sorte!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O amor acaba? (Camila de Jesus)

"Se acabou é porque não era amor."
Quanta vezes nós ja ouvimos isso?
Por tantas vezes acreditei que o amor não acabava, que tudo esperava, tudo cria, tudo suportava. É, acreditei, mas continuo acreditando em tudo isso, mas nada melhor que a vida e o tempo pra provar.
Amor realmente acaba, mas acaba quando é um amor sem reconhecimento, sem retribuição atraves de um olhar, de um abraço ou de um sorriso. O amor realmente não busca recompensa, mas busca combustível. O combustível que faz com que esse amor continue vivo.
Quando a gente ama é claro que a gente cuida... Cuida. Cuida mesmo, mas ninguém consegue amar outro, se não se amar primeiro. Ninguem consegue oferecer o que não se tem.
Muitas pessoas cometem contra si um assassinato. Um assassinato contra os seus sentimentos, contra o compartilhamento que poderia ter, contra si, enfim...
O amor acaba, quando enxergamos a contradição entre as palavras e os atos.
Aprendi que o amor não pode existir quando as pessoas querem andar a frente ou atras. O amor existe intensamente quando as pessoas andam lado a lado, sem precisarem ser puxadas ou serem as "puxantes".
Aprendi que o amor é o reflexo do que você quer de melhor para o outro... e por mais dolorido que seja, esse melhor as vezes é ver o outro sofrer, aprender, cair e levantar SO-ZI-NHO.
O amor acaba. Não porque você não valorizou, mas o amor acaba, porque alguma parte do seu amor dependia da crença de alguém. O amor acaba. Acaba... Acaba! Acaba?
Não. O amor não acaba, ele simplesmente muda de foco e vai procurar alguém que o mereça, pois depois que você aprende o que é amar, você sonda, pesquisa, olha, consulta e oferece o seu amor, para quem realmente sabe o que fazer com ele: Amar tão intensamente quanto você.
Amar alguém que esteja tão amadurecido quanto você.
Amar alguém que olhe tão longe quanto você.
Amar alguém que esteja esperando aquilo que você já se tornou e não tem mais as dúvidas.
Amar alguém que saiba o que é amar.
Amar, amar, amar, amar, quando tudo à sua vida o contrário ensinar.
O amor acaba?!