Um achar quase certo (Camila de Jesus)

Tenho um achismo das pessoas.

E nosso nível cultural não está embasado no relacionamento que nunca tivemos com elas.

Somos denominados pelo lugar que moramos, pelas coisas que vivemos e pelo que presenciamos.

Não precisamos de livros, filmes, estudo, viagem, amigos, boa moradia pra ter cultura. Precisamos ter discernimento para saber o que nos falta e nem tudo o que falta e é essencial pra mim, será essencial ao outro, sendo assim, se faltar a ele, não fará a mínima falta a ele.

Não tenho amigos ricos, nem bem estudados, mas tenho amizades saudaveis e que me fazem bem. (E eles são ricos e bem estudados!)

Meus amigos não precisam fazer bem aos outros, mas a mim sim, afinal, são minhas amizades.

Não me importo se uns dos meus amigos não gostam de outros meus amigos, mas me importo se houver em algum momento falta de respeito com eles, seja ocular, verbal ou presencial.

Não preciso me distanciar das pessoas porque ela nao tem o que me oferecer, pelo contrario, preciso estar perto delas para poder presenciar e me alegrar com o crescimento que acredito que ela conseguirá ter.

Não preciso dizer a verdade "vomitada" de uma vez só, fazendo com que a pessoa se machuque, e se revigore depois, mas preciso dizer a verdade de uma forma que a pessoa não se ofenda, nem comigo e nem com ela mesma.

Não preciso ser a dona da verdade, mas preciso ter a vontade de conhecer a verdade... sempre.

Não preciso de companhia o tempo todo e não preciso do "sim" o tempo todo, mas preciso de companhia e de "sim's".

Não preciso de novas amizades, mas preciso de pessoas novas que convivendo comigo, me provem por A+B que os meus velhos amigos, fazem e muita falta e que mesmo quando estão ausentes, são tão presentes quanto quem realmente está presente.

Sentar, bater papo, olhar no olhos, dar risada e programar o futuro (próximo ou distante) é uma atividade totalmente gratificante com eles.

Ligar e ouvir a voz e uma informação a mais do que a que eu queria também é uma atividade totalmente gratificante com eles.

Receber um abraço, ler um livro em conjunto, debater, questionar e viver é uma atividade totalmente gratificante com eles.

Passear, ir, vir, lembrar do passado é também uma atividade totalmente gratificante com eles.

Ruim é quando estamos com eles e eles querem sempre ser melhor que nós, pela bagagem "cultural" que julgam carregar.

Amigos são amigos e são amigos porque nos permitimos que fossem e que nos deixassem ser amigos.

MEUS AMIGOS! Cada um com seu jeito, seu modo, suas diferenças e suas particularidades e que na medida do possivel, precisam ser entendidas e não deixadas pra lá.

Esse é o essencial papel de SER AMIGO!