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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Poesia do eu (Camila de Jesus)

Sou egoista e muito egoista!!!
Quero sempre as coisas do meu jeito.
Até que ponto isso é bom? Até quando a gente tem que se reprimir para se fazer feliz ou fazer os outros felizes?
Queria muito escrever... não no dia de hoje, mas queria escrever... Não consegui esperar até amanha...
Existe algo em mim que me suga, me comove, me aprisiona de mim mesma a ponto de que eu nao consiga me segurar em mim mesma para expressar o que sinto.
Preciso dizer o quanto estou feliz... e simultaneamente o quanto estou triste: Feliz pelos outros, triste comigo. Feliz por que os outros estão felizes nesse momento.
Quero me retratar assim:

Estou a ponto de pedra
Que é irremovível do seu lugar
Estou a ponto de quebra
Que não poderá se juntar

Quero um amor amigo
Um amor irmão
Um amor abrigo
Um amor, se não...

Estava assim
assado,
comprimida,
sem mim,
sem ti,
talvez fosse isso
que me fizerá ser
quem havia sido.

E hoje sou o que sou
O que não era
E o que já fui.
Sou o que sou
O que fui
Ao que me adaptei.
Sou quem quero ser
Sem ter,
Sem sofrer,
Sem amar,
Sem desejar,
Sem colocar porquês e o quês.

Sou o meu eu.
Eu sou eu.

Sou aquilo que tenho
Aqueles que tenho.
Aquilos que posso.
Sou.
Sou eu.
Irredutivel,
Irreprimivel,
Incompreendivel.
Amada,
Querida,
Sofrida,
Abatida,
Amiga,
Sou eu.
Eu sou.

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