Talvez eu não saiba como me portar, o que dizer, como falar.
Talvez eu não acredite do jeito que precise.
Talvez eu não leia aquilo que nas entrelinhas está escrito.
Talvez eu seja diferente dos outros e talvez seja isso que eu precise.
Todas as pessoas vivem com a dúvida.
Ninguém tem certeza absoluta de nada...
Nem sempre sei o que quero... e se quero mesmo.
Nem sempre sei o que sou e se sou mesmo...
A experiência individual de cada ser é diferente a todo momento.
Todos os dias nós acordamos de uma maneira diferente do dia que se passou ou do dia que virá.
Os sentimentos humanos são despertados por aqueles que cativam os outros de uma forma que ele não imaginou que seria.
Se cada um tem um ponto de vista diferente para uma mesma situação, posso querer enxergar do jeito do outro? Posso eu ousar em satisfazer o outro, sem ter em mim a certeza que eu gostaria de ter?
Não sei se vivo com a dúvida ou se passo para a possível certeza do outro.
Se escolher viver a dúvida, vou viver onde estou pra sempre.
Se escolher viver a certez do outro, posso perceber que a certeza do outro não é a minha, mas que a minha dúvida era a minha certeza.
Terei o que precisarei ter, no momento certo, no lugar certo.
Todo mundo cansa, realmente, mas também não posso esquecer que o cansaço do outro pode ainda não estar em mim e eu só posso oferecer ao outro aquilo que em mim já é uma certeza.
Um NÃO pode gerar a tristeza, bem como a felicidade momentanea ou eterna.
O agora é o agora e não é possivel ser vivido no amanha.
Vivamos o que temos para agora.
Viveremos amanha o que tivermos cativado hoje.
E continuaremos sempre a viver o cativamos no decorrer dos anos que vivemos.
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