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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nada e tudo (Camila de Jesus)


Não espere nada de mim.
Não.
Não espere de mim..
Não espere...
De mim, não espere.
Nada espere de mim.
De mim não espere. Nada.
Nada. De mim espere.
Espere de mim. Nada.
De mim espere nada.
Espere. Nada de mim.
De mim, espere nada.
Espere de mim nada.

Esperança...
Esperar...
Espero...

Eu não sei se faço certo ou se faço errado.
Não sei se digo pra esperar ou pra não esperar.
Não sei se quero surpreender com o que sou ou se quero que se surpreeendam com o que sou.
Não sei se esperam, se nadam, ou se mim.
Não sei se em mim, esperam ou nada.
Não sei se nada esperam de mim.

Mas sei, que eu sei que eu espero de mim.
E a minha esperança em mim é forte.
Pode ser um nada, mas é minha. Possessivamente, minha.
Esperar de mim. Pode ser até ser um Nada.
Um dia, ela vira... mas volta a ser nada.
Mas a esperança existe e o nada que voltou a ser nada
Um dia volta de novo... volta, vira... e do nada
Passa a ser um Tudo.

Espere o nada, mas que seja o nada que tem em mim.

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