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sábado, 3 de abril de 2010

Filho ou Pai? (Camila de Jesus)

Somos seres mutáveis, humanos. Erramos e por mais que tenhamos a certeza de que estamos certos, sempre estamos errados em alguma virgula do nosso discurso.
Na parabola do filho prodigo, isso não é diferente.
Somos (todos nós!) ora filho, ora pai.
Somos filhos, quando nos deixamos levar pelos outros, pelos nossos desejos momentaneos, pela nossa intuição incerta, pela nossa certeza duvidosa.
Somos pais, quando deixamos que as coisas aconteçam sabendo que nao darao certo, quando recebemos tudo e todos de braços abertos novamente, mesmo tendo a certeza de que a ofensa foi muito maior.
Ouvi um amigo dizer uma vez que apesar de tudo, em algum momento, como boa amiga que sou, tudo voltaria ao normal.
Isso é ser pai. Pai de um "filho" que na verdade é amigo. Pai de quem um dia precisara de um abraço.
Somos pais, quando resolvemos ficar calados diante de uma situação que permitira ao outro crescimento interior continuo.
Somos pais, quando permitimos que o outro nos flagele, nos machuque, nos maltrate e depois com o tempo temos-o de volta como se tudo aquilo fosse um fortalecimento de tudo o que poderia ter ido de mal a pior se não tivessemos oscilado entre ser pai e ser filho.

Em nossas relações, o que estamos sendo?
Pai?
Filho?

Seremos filhos, isso é inevitavel.
Esforcemo-nos então para sermos pais, com a capacidade de receber de volta todos aqueles que voltam com um simples e sincero ABRAÇO DE PAI.

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